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Polícia

Quase meio kg de ouro e 300 diamantes: como roubo milionário levou ao assassinato de policiais

Como um assalto milionário levou ao assassinato de policiais dentro da viatura da Polícia Civil de MS em Campo Grande
Arquivo -

Foi na noite de 21 de maio que ocorreu o assalto a um ourives, no Centro de , cujo desfecho foi o de policiais civis de MS na tarde de terça-feira (9). Dois agentes da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), foram executados dentro da viatura ao investigar o roubo milionário.

Willian Dias Duarte Comerlato, de 30 anos, é suspeito de ter cometido o roubo e até tentou atirar no ourives, mas a arma falhou. Naquela quinta-feira, a vítima, de 59 anos, chegava ao estabelecimento por volta das 20 horas, e foi rendido ao subir as escadas por um encapuzado, que conforme as investigações seria Willian.

Na sequência, ele entrou com a arma de fogo em mãos, colocou nas costas do ourives e exigiu que entregasse a sacola que carregava.

Dentro da sacola, uma carga milionária: duas correntes de ouro 18k, uma de 43 gramas e outra de 28 gramas, mais 58 gramas de ouro 18k, 16 gramas de ouro branco e 265 gramas de ouro 24k, além de 300 peças de brilhantes, R$ 4,8 mil reais e duas lâminas de cheques.

Por questão de segurança, o valor estimado dos objetos não foi informado. No entanto, para se ter uma referência, a cotação geral do ouro no nesta quarta-feira (10) é de R$ 270,55 por cada grama.

A vítima chegou a contar para a polícia que logo após o assalto se virou e olhou para o assaltante, que ainda tentou atirar com o revólver. A arma, no entanto, falhou, e o suspeito fugiu. Na rua, um homem o aguardava em uma motocicleta. Segundo o ourives, a ação teria sido filmada, mas apenas o assaltante chegou a ser filmado.

Prisão e assassinato de policiais

O Midiamax apurou que o caso passou a ser investigado na Derf, que identificou Willian tentando vender o ouro, cotando valores com outros ourives. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto, então ele foi localizado nesta terça-feira pelos agentes Antônio Marcos Roque da Silva, de 39 anos, e Jorge Silva dos Santos, de 50 anos, em casa, e preso.

Quase meio kg de ouro e 300 diamantes: como roubo milionário levou ao assassinato de policiais
Foto: Dayene Paz/ Local onde ocorreu o crime

A partir daí, informalmente ele disse aos policiais que Ozéias Silveira de Morais, que segundo apurado pela Polícia Civil tinha grau de parentesco distante com Willian, o teria auxiliado no roubo.

Ozéias foi encontrado, mas, como era testemunha, foi levado na viatura descaracterizada sem ser algemado, para que não infringir a Lei de Abuso de Autoridade sancionada por Bolsonaro.

Foi na viatura que Ozéias sacou a arma de fogo, um revólver Taurus calibre 38, e atirou contra os dois policiais civis. A arma era guardada por ele em uma pochete e logo em seguida ele e Willian fugiram correndo pelas ruas de Campo Grande.

Flagrado em vídeo na fuga

Câmeras flagraram Willian fugindo algemado, pelas ruas na região central da cidade. Ele foi detido momentos depois. Já Ozéias abordou uma motorista que estava em um HRV e a fez refém. Com o revólver apontado para vítima, sentou no banco do passageiro e exigiu que ela dirigisse, saindo já na região da Nhanhá ao ver um táxi.

Quase meio kg de ouro e 300 diamantes: como roubo milionário levou ao assassinato de policiais
Foto de Ozéias que estava (Via WhatsApp)

Ozéias entrou no táxi e teria ido para casa. Equipes policiais foram até a residência dele, onde perceberam sinais de que ele teria passado por lá e saído com pressa.

Já na madrugada desta quarta, agentes localizaram o suspeito no Jardim Santa Emília. Armado, ele ainda tentou atirar nos policiais, que revidaram. Assim, ele foi atingido, socorrido, mas morreu no hospital.

Pedido de prisão

Logo após a morte dos policiais e identificação do autor, delegados do (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) pediram a prisão preventiva de Ozéias.

Mesmo após a morte dele, o pedido foi aprovado pelo juiz. Willian segue detido por força do mandado de prisão por violência doméstica e o roubo e a participação no homicídio dos policiais segue em investigação.

Com o caso, sobe para 3 o número de casos de assassinato de policiais em 2020 e a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul publicou nota de pesar.

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