A Justiça aceirou a denúncia feita pelo MPMS (Ministério Público Estadual) contra o delegado Eder de Oliveira, preso em junho do ano passado após a descoberta do furto de 101 quilos de da delegacia de , a 135 quilômetros de Campo Grande.

A advogada presa junto do delegado, Mary Stella Martins de Oliveira teve seu pedido de prisão domiciliar acatado pela Justiça, desde com o uso de tornozeleira. Ficou marcado para abril, a audiência onde serão ouvidas as testemunhas de acusação.

De acordo com a denúncia do Ministério Público, o delegado Eder Oliveira havia definido datas, trajeto para que a cocaína fosse retirada do prédio. Ele deixou janela aberta na delegacia para o furto de 101,8 quilos de cocaína.

Nas investigações do (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), Stella era tida como “amiga” por Ramona – traficante – pois lhe abastecia com dados sobre localização de fiscalizações feitas pela polícia, que haviam sido repassadas inicialmente pelo delegado. Eder, em contrapartida, recebia propinas de Sandra. Os fatos foram descobertos por meio de interceptações telefônicas.

Consta na denúncia, inclusive, que Stella tinha acesso livre ao gabinete do delegado na 1ª Delegacia de Polícia Civil de Aquidauana, onde era informada sobre investigações, em especial àquelas que envolviam a comparsa Ramona. Os próprios policiais civis desconfiavam haver vazamento, pois toda as vezes que tentavam abordar Ramona, nunca conseguiam flagrar nada de ilícito com ela.

Sumiço de cocaína na delegacia

O delegado Eder de Oliveira foi preso no dia 24 de junho, depois do sumiço de uma carga de cocaína, avaliada em R$ 2 milhões, que desapareceu do prédio da delegacia de Aquidauana. Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que as investigações apontariam que Eder teria tido ajuda de membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) para a retirada da droga de dentro da delegacia, no dia 10 de junho. A carga estaria no prédio desde o dia 31 de maio.