Duas testemunhas de acusação prestaram depoimento na 7ª Vara Criminal de Competência Especial de , no caso do vereador Eduardo Romero (Rede), acusado de estuprar um adolescente de 13 anos em Campo Grande. Os depoimentos começaram às 16h45 desta terça-feira (5) e o vereador deve prestar esclarecimentos.

O adolescente foi o primeiro a ser ouvido. O depoimento aconteceu em uma sala especial, já que a vítima é menor de idade e é protegida por lei.

Após o adolescente, na 7ª Vara, as testemunhas de acusação falaram na audiência presidida pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira. As testemunhas deram depoimento com a presença do advogado da vítima, Ilton Hasimoto e o de defesa do vereador, José Roberto Rodrigues da Rosa. Elas preferiram não falar na presença de Eduardo Romero.

O vereador irá acompanhar o depoimento das três testemunhas de defesa, que são de Campo Grande, Paranaíba e Fátima do Sul. Ele chegou ao Fórum no início da tarde desta terça e aguarda em uma sala.

O caso corre em segredo de Justiça e os advogados afirmaram que foram instruídos a não dar declarações para à imprensa.

O caso

Segundo a denúncia, Romero teria estuprado um garoto de 13 anos em novembro de 2017, na casa do vereador. Em depoimento à polícia, os pais da vítima afirmaram que o parlamentar teria confessado o crime e justificado dizendo que estava sob efeito de drogas.

Segundo o boletim de ocorrência de “ de vulnerável”, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, os pais da vítima teriam descoberto o estupro somente cinco dias depois do crime. À polícia, a mãe do adolescente, hoje com 15 anos, teria dito que desconfiou depois de notar diferença no comportamento do filho que, entre outras coisas, não queria mais ir à escola, reclamava de dores de cabeça e estava arredio.

Após conversa, o garoto teria decidido contar à mãe sobre o caso. Segundo o jovem, no dia do crime ele havia ido até a casa do vereador para ajudar um tio que fazia uma reforma no local. Lá, ele ficou responsável por passar fios para o tio, que estava na laje da casa.

Ainda segundo o registro policial, Romero teria chegado ao local momentos depois e, ao perceber que a vítima estava sozinha, teria chamado o garoto até um dos quartos e lá teria pedido para tocar a vítima. O menino teria negado, e mesmo assim, Eduardo teria abusado sexualmente dele.

Consta no registro da ocorrência que depois do estupro o parlamentar ainda teria convidado a vítima para ir até a residência à noite. Ao saber do fato, o tio do garoto foi até a casa do vereador para tomar satisfação. De acordo com ele, inicialmente Romero negou o crime, no entanto, cerca de quinze minutos depois, ligou mandou uma mensagem dizendo que queria conversar com os pais do menor de idade.

Na casa, o parlamentar teria chorado e confessado o crime para os pais, conforme depoimento deles à polícia. Para justificar, o vereador teria dito que estava sob efeito de drogas. Ele se desculpou, mas, devido ao estado em que o menor de idade estava, os pais decidiram procurar a polícia.

Em nota divulgada à imprensa, Romero negou as acusações e classificou a denúncia como “falsa e indevida”.