Testemunhas chegam para prestar depoimento em caso de vereador acusado de estupro
Já chegaram ao Fórum de Campo Grande todas as testemunhas que devem prestar depoimento na tarde desta terça-feira (5), durante a primeira audiência na Justiça do caso do vereador Eduardo Romero (Rede), acusado de ter estuprado um garoto de 13 anos em novembro de 2017. Ao todo, serão ouvidas duas testemunhas de acusação, três de […]
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Já chegaram ao Fórum de Campo Grande todas as testemunhas que devem prestar depoimento na tarde desta terça-feira (5), durante a primeira audiência na Justiça do caso do vereador Eduardo Romero (Rede), acusado de ter estuprado um garoto de 13 anos em novembro de 2017.
Ao todo, serão ouvidas duas testemunhas de acusação, três de defesa, que vieram de Paranaíba, Fátima do Sul e Campo Grande, além da vítima. Como todos intimados compareceram na audiência, a expectativa é de que Eduardo Romero também seja ouvido no final. A sessão será conduzida pelo juiz Marcelo Ivo de Oliveira da 7ª Vara Criminal de Competência Especial da Capital.
O vereador e o adolescentes chegaram ao Fórum e foram conduzidos para salas especiais onde aguardam o momento de prestar esclarecimentos. Os advogados que representam os dois também estão no local, mas não quiseram falar com a imprensa alegando que o caso tramita em segredo de Justiça.
O caso
A acusação emergiu na imprensa no último dia 22 de janeiro. Segundo a denúncia, Romero teria estuprado um garoto de 13 anos em novembro de 2017, na casa do vereador. Em depoimento à polícia, os pais da vítima afirmaram que o parlamentar teria confessado o crime e justificado dizendo que estava sob efeito de drogas.
Segundo o boletim de ocorrência de “estupro de vulnerável”, registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Piratininga, os pais da vítima teriam descoberto o estupro somente cinco dias depois do crime. À polícia, a mãe do adolescente, hoje com 15 anos, teria dito que desconfiou depois de notar diferença no comportamento do filho que, entre outras coisas, não queria mais ir à escola, reclamava de dores de cabeça e estava arredio.
Após conversa, o garoto teria decidido contar à mãe sobre o caso. Segundo o jovem, no dia do crime ele havia ido até a casa do vereador para ajudar um tio que fazia uma reforma no local. Lá, ele ficou responsável por passar fios para o tio, que estava na laje da casa.
Ainda segundo o registro policial, Romero teria chegado ao local momentos depois e, ao perceber que a vítima estava sozinha, teria chamado o garoto até um dos quartos e lá teria pedido para tocar a vítima. O menino teria negado, e mesmo assim, Eduardo teria abusado sexualmente dele.
Consta no registro da ocorrência que depois do estupro o parlamentar ainda teria convidado a vítima para ir até a residência à noite. Ao saber do fato, o tio do garoto foi até a casa do vereador para tomar satisfação. De acordo com ele, inicialmente Romero negou o crime, no entanto, cerca de quinze minutos depois, ligou mandou uma mensagem dizendo que queria conversar com os pais do menor de idade.
Na casa, o parlamentar teria chorado e confessado o crime para os pais, conforme depoimento deles à polícia. Para justificar, o vereador teria dito que estava sob efeito de drogas. Ele se desculpou, mas, devido ao estado em que o menor de idade estava, os pais decidiram procurar a polícia.
Em nota divulgada à imprensa, Romero negou as acusações e classificou a denúncia como “falsa e indevida”.
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