#Retrospectiva: Operações em MS tiveram de pedófilos a juiz, delegado e membros do PCC como alvos

Mato Grosso do Sul foi foco de muitas operações policiais em 2019, mesmo quando não eram deflagradas pelas forças de segurança do Estado. Pedófilos, usuários e traficantes de droga, membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), fazendeiro e juiz foram alguns dos alvos das equipes de Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao […]

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Gaeco cumpriu mandados contra o PCC no Estado (Foto: Henrique Arakaki
Gaeco cumpriu mandados contra o PCC no Estado (Foto: Henrique Arakaki

Mato Grosso do Sul foi foco de muitas operações policiais em 2019, mesmo quando não eram deflagradas pelas forças de segurança do Estado. Pedófilos, usuários e traficantes de droga, membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), fazendeiro e juiz foram alguns dos alvos das equipes de Polícia Federal, Gaeco (Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado), Polícia Militar e Polícia Civil.

O ano começou com a Operação Themis, do Gaeco. As investigações resultaram na prisão da vereadora Marisa Rocha em Três Lagoas. Ela foi apontada como líder de um esquema de tráfico de drogas. Marisa foi incluída no Presídio Feminino em março, mas a prisão foi revogada e ela responde em liberdade, mas não pode se ausentar da comarca, além de outras restrições impostas pelo judiciário.

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Depca cumpriu mandados contra crimes de exploração sexual (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Este ano também foi marcado por operações de combate a crimes de pedofilia e exploração sexual contra crianças e adolescentes. Foram elas a 5ª fase da Operação Luz na Infância, uma ação nacional que cumpriu mandados em Campo Grande e Aquidauana, e também a Operação Criança Segura. Nesta segunda, deflagrada pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), foram presos um técnico de informática, de 38 anos no Vilas Boas e um estudante de 24 anos, no Portal Caiobá.

Os dois acusados de armazenarem milhares de vídeos e imagens de pornografia infantil acabaram liberados no dia seguinte, em audiência de custódia, por comprovarem emprego e residência fixa. Já em julho, Operação Balcão de Negócios prendeu o delegado Éder de Oliveira Moraes, de Aquidauana. Ele era investigado por crimes de corrução e foi detido após a investigação do sumiço de 101 quilos da delegacia em que era titular.

Éder tentou liberdade, mas foi mantido em prisão pela Justiça. Operação que marcou Campo Grande foi realizada por equipes do 1ª Batalhão da Polícia Militar. A Operação Laburu teve várias fases realizadas tanto no período matutino quanto noturno, nas mediações da antiga rodoviária e área central da cidade. O foco eram traficantes e usuários de drogas, que acabaram na delegacia.

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Laburu movimentou ações policiais na antiga rodoviária (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Já contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), foram inúmeras operações, entre elas Operação Flashback, Operação Voo Baixo e Operação Comando Fechado. A Flashback foi deflagrada pelo Ministério Público de Alagoas, que identificou a partir de investigações e quebra de sigilo telefônico que um detento do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande estaria ordenando mortes naquele estado.

Conforme as investigações, Marcelo Lima Gomes conhecido como Maré Alta, seria uma nova liderança do PCC, atuando no lugar de Marcos William Camacho, o Marcola. Na Operação Comando Fechado, foram ao todo 62 mandados expedidos pela Justiça, a serem cumpridos pelo Gaeco em Mato Grosso do Sul e São Paulo. Foram 46 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão.

Em uma das últimas operações, a Voo Baixo, foi preso o empresário e fazendeiro Rubens de Almeida Salles Netto em São José do Rio Preto (SP). Dono de terras no Estado, ele comandava a rota do tráfico de cocaína da Bolívia, passando por Corumbá em aeronaves e chegando por terra até o porto de Santos (SP). A droga desembarcava na Europa e a Polícia Federal apontou que o esquema era ligado ao PCC, que é apontado como ‘dono’ do porto e também da droga que sai da Bolívia.

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Aeronave foi apreendida com o fazendeiro (Foto: Divulgação)

Outro alvo do Gaeco em 2019 foi o juiz Aldo Ferreira da Silva Júnior, da 5ª Vara de Família e Sucessões de Campo Grande. Ele é suspeito de pedir R$ 250 mil de propina para liberar a venda de uma fazenda implicada em processo de inventário. A Operação Espada da Justiça expôs que o juiz teria tentado comprar testemunhas para culpar outro magistrado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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