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Polícia

Quadrilha cooptava ‘fichas limpas’ endividados para participarem de roubos

A quadrilha especializada em sequestro e roubo de veículos que agia em Campo Grande cooptava pessoas endividadas, que não tinham passagens na polícia, para participarem dos crimes. Desta forma, o grupo acreditava que dificultaria as investigações. Ao todo, foram ao menos 13 suspeitos identificados e 9 deles foram presos, dois já estavam presos e dois […]
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Suspeitos apresentados durante coletiva. Foto: Leonardo de França
Suspeitos apresentados durante coletiva. Foto: Leonardo de França

A quadrilha especializada em sequestro e roubo de veículos que agia em Campo Grande cooptava pessoas endividadas, que não tinham passagens na polícia, para participarem dos crimes. Desta forma, o grupo acreditava que dificultaria as investigações. Ao todo, foram ao menos 13 suspeitos identificados e 9 deles foram presos, dois já estavam presos e dois morreram em confronto com a Polícia Militar.

Durante coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (1), a delegada Aline Sinott Lopes, da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos), disse que os envolvidos recebiam ordens dos dois presos. Geralmente, costumavam manter as vítimas em cárcere privado até que os “pilotos” conseguissem atravessar o veículo na fronteira com a Bolívia.

Dois motoristas de aplicativo participavam do esquema e não tinham passagens. Um deles, inclusive, estava endividado por conta do uso de drogas. Este era geralmente o perfil que eles costumavam cooptar, pois acreditam que, apesar de não terem envolvimento com o mundo do crime, tais pessoas poderiam participar, já que precisavam de dinheiro fácil.

“Optavam por captar pessoas que não tinham passagem, porque seria mais difícil a  identificação”, disse a delegada à imprensa. Ao todo, o bando cometeu pelo menos seis roubos nos últimos 30 dias. Quatro destes roubos foram cometidos dentro de 10 dias, sempre com violência. Apesar de não terem intenção de matar as vítimas, eles costumavam agredi-las, a fim de garantir o sucesso da ação.

Quadrilha cooptava 'fichas limpas' endividados para participarem de roubos
Delegada Aline Sinott Lopes, responsável pelo inquérito. Foto: Leonardo de França

Investigações

Conforme noticiado, a polícia iniciou a investigação no dia 25 de junho, após o roubo de uma Hilux na região do Coophatrabalho, em que a vítima foi mantida em cárcere privado. A camionete foi recuperada e Leandro Silva de 33 anos, registrado como motorista de aplicativo, foi preso pelo crime no dia 4 de julho.

Fernanda Tomé de Oliveira de 23 anos também foi identificada como uma das integrantes da quadrilha e presa no dia 12 de julho pela Defurv, por tráfico de drogas. Entre 16 e 26 de julho, outros quatro veículos foram roubados com a mesma estratégia, um Fiesta, um Ford Ka, um Creta e um Prisma.

No dia 26 de julho Jhonatan Dulmonte da Silva de 22 anos foi preso pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) enquanto levava o Prisma roubado ao país vizinho. Também foram detidos Gislaine Chevalier Ribeiro de almeida de 32 anos, Ricardo José dos Santos de 40 anos e Jhonathan Fermino da silva de 20 anos.

A polícia ainda apurou que os mandantes dos crimes são dois presidiários, identificados apenas como R.F.S de 30 anos e H.Z.F de 36 anos. Eles seriam os responsáveis por acionar a quadrilha, informando qual veículo deveria ser roubado. Em 31 de julho, Michael Vera Cruz de Almeida de 30 anos e Ronaldo de Andrade Costa de 23 anos foram presos.

No mesmo dia outros dois participantes do crime acabaram mortos em confronto com a Polícia Militar. São eles Abraão Ferrarezi Lima de 18 anos e Davi Vitor Mendes de 21 anos. No mesmo dia Jessyka Midyan Delgado Manoel de 27 anos também foi detida.

Quadrilha cooptava 'fichas limpas' endividados para participarem de roubos
Suspeitos recebiam ordens de dois presidiários. Foto: Leonardo de França

Organização criminosa

Segundo a polícia, cada integrante da quadrilha tinha uma função estabelecida previamente. Os dois internos do Sistema Penal encomendavam os crimes, Davi, Michael e Abraão, além de outros dois suspeitos já identificados que ainda não foram detidos, eram responsáveis pelo sequestro e roubo.

Leandro e Ricardo que são motoristas de aplicativos eram contratados para dirigirem carros de apoio, levando e buscando os autores dos crimes em casa, além de outros serviços. Fernanda, Gislaine e Jessyka auxiliavam na articulação entre os executores do crime, cárcere e também tráfico de drogas.

Ronaldo e Jhonatan Fermino eram responsáveis por entregar os veículos na Bolívia. Os detentos que seriam mandantes do crime foram presos em 2018 também por participarem de roubos de veículos em .

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