Operação da Polícia Federal ataca núcleo financeiro do PCC que age em presídios de MS

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6), Operação Cravada para desarticular núcleo financeiro de facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais. São cumpridos 85 mandad…

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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (6), Operação Cravada para desarticular núcleo financeiro de facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) responsável pelo recolhimento, gerenciamento e emprego de valores para financiamento de crimes nos estados do Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

São cumpridos 85 mandados, sendo 55 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão. Os mandados são cumpridos em Curitiba, São José dos Pinhais, Paranaguá, Centenário do Sul, Arapongas, Londrina, Umuarama, Pérola, Tapejara, Cascavel, Guarapuava no estado do Paraná, Praia Grande, Itapeva, Osasco e Itaquaquecetuba, Hortolândia e São Paulo, no Estado de São Paulo, incluindo também no presídio de Valparaíso, e também em Mato Grosso do Sul, Acre, Roraima, Pernambuco e Minas Gerais.

A Investigação teve início em fevereiro deste ano depois de informações sobre a existência de uma espécie de núcleo financeiro da facção criminosa estabelecido na Penitenciária Estadual de Piraquara, Paraná. Descobriu-se que o núcleo é responsável por recolher e gerenciar as contribuições para o PCC em âmbito nacional.

Os pagamentos – também chamados de “rifas”-  eram repassados à Organização Criminosa por intermédio de diversas contas bancárias e de maneira intercalada, com uso de medidas para dificultar o rastreamento. A investigação indica a circulação de aproximadamente 1 milhão de reais/mês nas diversas contas utilizadas em benefício do crime.

Foram identificadas e bloqueadas mais de 400 contas bancárias suspeitas em todo o país. Os valores que transitavam entre as contas bloqueadas eram utilizados para pagar a aquisição de armas de fogo e de entorpecentes para a facção (financiado diretamente a criminalidade violenta), além de providenciar transporte e manutenção da estadia de integrantes e familiares de membros da Facção em locais próximos a presídios.

Nome da operação

O nome da operação faz referência a uma jogada de xadrez em que uma peça, quando ameaçada de captura pela peça adversária, fica impossibilitada de se mover, em razão de haver uma peça de maior valor em risco. De igual forma, a operação deflagrada hoje visa sufocar as reações das lideranças de Facções Criminosas, atingindo os núcleos importantes de comunicação e de gerenciamento financeiro.