O policial militar ambiental Lúcio Roberto Cabral, preso pelo assassinato da mulher e de um homem por suspeita de traição, em Paranaíba, a 407 quilômetros de Campo Grande, foi indiciado por feminicídio e por homicídio qualificado por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Segundo a delegada Eva Maira Cogo, responsável pelo caso junto à DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), apesar do indiciamento, o inquérito ainda não foi relatado. Ela pretende realizar mais procedimentos nos próximos dias, entre eles, oitivas de testemunhas. Por este motivo, não quis entrar em detalhes para não atrapalhar as investigações.
Conforme noticiado, Lúcio matou Fernando Henrique Freitas a tiros, e em seguida assassinou a mulher, Regianni Araújo, após receber prints de conversas que apontavam para uma suposta relação entre os dois. As imagens teriam sido enviadas pela esposa de Fernando, que disse à delegada em depoimento não imaginar que o autor agiria de forma violenta.
Conforme já noticiado, após receber os prints, Lúcio questionou sua esposa, Regianni, que negou a traição. Mesmo assim, ele saiu da casa dos pais, onde os dois estavam, e foi para a casa de Fernando, no centro da cidade. Lá, ele entrou na residência, chutou Fernando e o matou a tiros. A mulher e a filha da vítima estavam na casa quando tudo aconteceu. Na sequência, Lúcio voltou para a casa dos pais e matou Regianni.
Após cometer o crime, o PMA deixou a arma no local e fugiu para a zona rural, se apresentando à Polícia Civil na tarde desta terça-feira. Ele estava com mandado de prisão preventiva aberto, que foi cumprido no momento em que se entregou. Após prestar depoimento à delegada e apresentar suas versões sobre os fatos, ele foi trazido para o Presídio Militar em Campo Grande. A Polícia Civil segue com as investigações.