Acusado de matar o filho de dois anos afogado, Evaldo Christyan Dias Zenteno, 21 anos, será ouvido em audiência no dia 17 de fevereiro de 2020, data em que também serão ouvidas as testemunhas de defesa. Nesta segunda-feira (9) as testemunhas de acusação prestaram depoimento na 1ª audiência sobre o caso, que aconteceu no Fórum Heitor Medeiros, em .

Um policial militar ouvido como testemunha de acusação contou sobre a frieza de Evaldo, quando chegou a levar o filho no hospital, após matá-lo afogado. Ele dizia que teria sofrido um roubo e que os suspeitos teriam jogado a criança em um córrego. “Estava mentindo e em momento algum demonstrava se preocupar com filho”, relatou. O policial falou também sobre as contradições apresentadas por Evaldo sobre o suposto roubo, também que teria entrado no córrego para salvar o filho, mas segundo a polícia, Evaldo estava seco na hora que chegou ao hospital.

A mãe de Miguel Henrique dos Reis Zenteno também foi ouvida pelo juiz Aluízio Pereira dos Santos. “Não vou baixar minha cabeça. Vou lutar pela minha vida e vou fazer justiça pelo meu filho”, disse a jovem. Emocionada ao lembrar do filho, a mãe relatou sobre o relacionamento que manteve com o pai do menino, Evaldo Christyan.

Após a separação, ela conta que Evaldo passou a persegui-la. No entanto, se mostrou mais preocupado como pai, então conquistou a confiança da família da jovem. “Ele tentava me agarrar, me beijar toda vez que ia buscar meu filho, mas não parecia ser violento, não demonstrava que faria isso”, disse.

O tio materno da criança também prestou depoimento. Ele relatou que, uma semana antes do crime, o sobrinho teria dito que “papai empurrou”. Mas, Evaldo ao ligar para a mãe do bebê afirmou que ele teria caído da cama, batido a cabeça e desmaiado.

A avô materna falou emocionada na audiência. Ela relatou como Miguel foi atendido no Hospital Regional de depois da suposta queda da cama, também do que a criança disse sobre o fato. “Eu estava com ele no hospital, quando uma pessoa ligou querendo saber o estado de saúde dele e eu deixei que ele mesmo falasse. Ao telefone o Miguel disse ‘jogou cama', ‘papai jogou cama'. Eu mesma perguntei, ele repetiu a mesma coisa e falou isso por vários dias sempre quando questionado”, conta.

Na época, os familiares acreditavam que a criança estava se confundindo sobre os fatos, mas após a morte de Miguel, a família acredita que Evaldo teria tentado matar o filho nesse dia.

Segundo o juiz, a próxima audiência foi marcada para o dia 17 de fevereiro, quando então serão ouvidas as testemunhas de defesa e o acusado.