Polícia diz que mudanças não afetam caso de delegado suspeito de executar boliviano

Por meio nota publicada em seu site oficial, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que a remoção do delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios (DEH), para a Corregedoria da Corporação, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, não vai comprometer investigações de […]

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Depac Cepol em Campo Grande. (Foto: Arquivo
Depac Cepol em Campo Grande. (Foto: Arquivo

Por meio nota publicada em seu site oficial, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul informou que a remoção do delegado Carlos Delano Gehring Leandro de Souza da Delegacia Especializada de Repressão a Homicídios (DEH), para a Corregedoria da Corporação, conforme divulgado no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira, não vai comprometer investigações de assassinato cometido na fronteira.

O delegado presidia inquérito que envolve um homicídio supostamente cometido pelo colega Fernando Araújo da Cruz Júnior, titular da Deaji (Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e do Idoso) de Corumbá. Com a oficialização da mudança de delegacias, foi levantada hipótese de que as apurações do caso pudessem ser comprometidas, uma vez que a prisão temporária de Fernando vence neste sábado, e Delano buscava provas para mantê-lo preso.

No entanto, a assessoria de imprensa da Polícia Civil garantiu que Delano continuará à frente do caso, agora na Corregedoria. Além disso, informou que a transferência faz parte de uma série de mudanças de interesse da administração. Ou seja, Roseli Dolor Galego, que era da Corregedoria, vai assumir a Regional de Fátima do Sul. Jeferson Rosa Dias, que era da Regional de Fátima do Sul, vai para a 3ª Delegacia da Capital que era chefiada por Márcio Shiro Obara. Obara, por sua vez, volta para a DEH, onde esteve por 4 anos.

Confira o que diz a polícia

A Polícia Civil vem a público esclarecer que:

  1. Todas as remoções ocorridas foram necessárias e afetas ao interesse e necessidade da administração, voltadas ao bom atendimento da população deste Estado, conforme diversos ajustes ocorridos nas chefias das Delegacias de Polícia nos últimos 30(trinta) dias;
  2. A Remoção do Delegado de Polícia CARLOS DELANO representa a ascensão profissional deste, face ao mérito de seu trabalho e reconhecimento por parte da administração da Polícia Civil;

III. Apesar da remoção do Delegado Carlos Delano, este sem prejuízo de suas novas atribuições, permanece como presidente da investigação que apura a morte de ALFREDO RANGEL WEBER, ocorrida na cidade de Corumbá/MS em 23/02/2019, assim como continuará integrando a FORÇA TAREFA que investiga crimes de homicídios conforme PORTARIA/DGPC/SEJUSP/MS Nº 144, DE 31 DE OUTUBRO DE 2018 e publicada em 05 de novembro daquele ano.

  1. O retorno do Delegado MARCIO SHIRO OBARA ocorre tendo em vista a necessidade de manutenção dos trabalhos que realizou naquela unidade por mais de 04(quatro) anos ininterruptos, resultando nos melhores índices de resolutividade dos crimes de homicídio do Brasil, dentre as forças policiais dos Estados e significa o fortalecimento da unidade policial, eis que o Dr. Delano permanecerá à frente das investigações acima elencadas, com prioridade no esclarecimento e resolutividade, não havendo portanto, qualquer alteração de presidência, diferentemente do noticiado nesta data.

A Polícia Civil se coloca à inteira disposição para quaisquer esclarecimentos sempre que necessário.

Homicídio

Alfredo Rangel Weber foi assassinado no dia 23 de fevereiro e o suspeito seria o delegado Fernando Araújo da Cruz Júnior, em Corumbá, que está preso desde o dia 29 de março. Testemunhas identificaram o delegado como autor das facadas, que foram desferidas depois de desentendimento em um evento na fronteira. No entanto, algumas das testemunhas se recusam a confirmar e identificar quem, de fato, deu os tiros na vítima dentro da ambulância.

Reconstituição

No dia 8 de abril, foi feita a reconstituição simulada do assassinato do boliviano Alfredo Rangel. A Corregedoria da Polícia Civil e a delegacia de Homicídios fizeram a simulação, mas o delegado Fernando Araújo não esteve presente. Testemunhas presenciais participaram da simulação para que todas as versões do caso fossem analisadas, para saber o momento exato em que Alfredo foi assassinado.

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