‘Máfia dos Cigarreiros’: Cabo da PM condenado por corrupção vai para reserva remunerada
Condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o cabo Aparecido Cristiano Fialho foi transferido para a reserva remunerada da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A portaria que oficializa a mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (29). A transferência foi um pedido de Aparecido Cristiano e foi […]
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Condenado por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro, o cabo Aparecido Cristiano Fialho foi transferido para a reserva remunerada da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. A portaria que oficializa a mudança foi publicada no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (29).
A transferência foi um pedido de Aparecido Cristiano e foi assinada pelo diretor-presidente da Ageprev (Agência De Previdência Social), Jorge Oliveira Martins, na segunda (28). O cabo da PM vai ter salário proporcional com paridade. Em dezembro de 2018, ele teve remuneração bruta de R$ 5.317,58, de acordo com o Portal da Transparência do Governo do Estado.
Atualmente, Aparecido Cristiano está detido no Presídio Militar em Campo Grande e será alvo de procedimento administrativo que pode resultar em sua expulsão da corporação, por ter sido condenado a 15 anos e 4 meses de prisão, após as investigações da Operação Oiketikus desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual.
A operação investigou esquema criminoso integrado por policiais que facilitavam o contrabando de cigarros, a chamada ‘máfia cigarreira’.
Outros sete policiais militares presos durante a Oiketikus também foram condenados: Lisberto Sebastião de Lima, Elvio Barbosa Romeiro, Vandison de Pinho, Ivan Edemilson Cabanhe e Erik dos Santos Osuna, condenados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa, e Angelúcio Recalde Paniagua e Jhondnei Aguilera, condenados pelos mesmos crimes, mas agravados pelo fato de que, para a Justiça, a dupla exercia o comando do esquema criminoso. Somadas, as penas ultrapassam 80 anos de prisão que, de início, deverão ser cumpridas em regime fechado.
Além destes, foram condenados os tenentes-coronéis Admilson Cristaldo e Luciano Espíndola da Silva e o major Oscar Leite Ribeiro, apontados também como líderes do esquema de corrupção da Máfia do Cigarro.
Admilson Cristaldo Barbosa recebeu a sentença de sete anos, um mês e dez dias pelos crimes de corrupção passiva e incontinuidade delitiva, durante os anos de 2016 a 2018. Luciano Espíndola da Silva foi condenado pelos mesmos crimes e também pegou sete anos, um mês e dez dias de prisão. Os dois responderão em regime fechado e não poderão apelar da sentença em liberdade.
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