Somando as penas, dois policiais militares presos durante a Operação Oiketikus acusados de participação na “”, foram condenados a mais de 26 anos de prisão, nesta quinta-feira (13) em .

Aparecido Cristiano Fialho, cabo da Polícia Militar, foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

O também policial militar Marcelo de Souza Lopes foi condenado a 11 anos e 4 meses de prisão por corrupção passiva e organização criminosa.

Já três PM's foram absolvidos por falta de provas, são eles: Claiton de Azevedo, Claudomiro de Goes Souza e Nilson Procedônio Espindola. O julgamento realizado por quatro oficiais da Polícia Militar e o juiz de direito juiz Alexandre Antunes da Silva aconteceu na Auditoria Militar do Fórum de Campo Grande.

Na próxima segunda-feira (17) acontecerá o julgamento do 2º sargento da Policia Militar, Ricardo Campos Figueiredo.

Julgamentos

No último dia 7 deste mês, Lisberto Sebastião de Lima, Elvio Barbosa Romeiro, Vandison de Pinho, Ivan Edemilson Cabanhe e Erik dos Santos Osuna foram condenados pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa. Angelúcio Recalde Paniagua e Jhondnei Aguilera também tiveram condenação pelos mesmos crimes agravados pelo fato de que, para a Justiça, a dupla exercia o comando do esquema criminoso.

Elvio, Vandison, Ivan, Lisbeto e Erik tiveram penas fixadas em 11 anos e quatro meses de reclusão cada. Já Jhondnei e Angelúcio foram condenados a 12 anos e três meses de prisão. Nazário da Silva, que também era investigado, foi absolvido dos crimes porque não foram encontrados indícios suficientes para condená-lo.

Agiam desde 2015

A Operação Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) do Ministério Público Estadual e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar. Ao todo, 29 policiais foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada “Máfia dos Cigarreiros”.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina, interferindo em fiscalização de caminhões de cigarros para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos, além de adotarem outras providências voltas para o êxito do esquema criminoso.

De acordo com a denúncia do Gaeco, os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.

O primeiro compreendia a região de Bela Vista, Jardim, Guia Lopes da Laguna, e Bonito; ao passo que o segundo Maracaju, Dourados, Naviraí, Mundo Novo, Iguatemi, Japorã e Eldorado.

Todas as cidades fazem parte da chamada ‘rota cigarreira', que integra rodovias, estradas e cabriteiras usadas para transportar cigarros produzidos no Paraguai e vendidos ilegalmente nas ruas de cidades brasileiras a preços bem menores que os oficiais, por não pagar impostos.