A Justiça paraguaia pediu ao Ministério Público Federal brasileiro a extensão da extradição para que o ex-prefeito de Ypehjú, cidade vizinha a Paranhos, Vilmar Acosta Marques, conhecido como ‘Neneco’, seja julgado por tráfico de drogas no Paraguai. Em outubro de 2014 foi encontrado em sua propriedade um centro de coleta de maconha. Ele já foi condenado pelo assassinato do jornalista Pablo Medina.

Conforme informações do site ABC Color, o juiz criminal, Carlos Martínez informou que o Procurador Geral Federal do Brasil se mostrou favorável para a extensão da extradição para o julgamento de ‘Neneco’ por tráfico de drogas.

“Recebemos a comunicação da Justiça do Brasil. O Ministério Público Federal emitiu um parecer favorável, o que significa que Vilmar Acosta poderá ser investigado e condenado por tráfico de drogas no Paraguai. Esta comunicação é anterior ao pedido que fizemos perante o Supremo Tribunal Federal do país vizinho (Brasil). É um passo muito importante para o nosso trabalho”, disse o juiz Martinez.

Ainda conforme a publicação, agora é aguardado que o processo seja incluso na agenda de julgamento da Segunda Secção do STF (Supremo Tribunal Federal), ocasião em que a relatora ministra, Carmen Lúcia Antunes, deve votar com os outros membros.

O relatório faz parte do pedido de extensão da extradição de ‘Neneco’, por fabricação e processamento de drogas e transgressão da lei de armas. Vários acampamentos ilegais e centros onde eram recolhidas maconha ligadas à ‘Neneco’ e sua família foram encontras por policias seis dias após a morte de Pablo Medina. Nesses acampamentos foram encontradas prensas, fitas de embalagem, sacolas cheias de maconha e uma espingarda.

Prisão de ‘Neneco’

Vilmar Acosta foi preso em Mato Grosso do Sul, em março de 2015, acusado do assassinato do jornalista Pablo Medina, correspondente do jornal paraguaio ABC Color.

O caso começou em outubro de 2014, após o assassinato duplo de Pablo Medina e Antonia Almada em Villa Ygatimí, no departamento de Canindeyú, no Paraguai. Após o crime, Vilmar Acosta teria fugido para o Brasil.

Condenação pela morte de jornalista

Neneco Vilmar Acosta, foi condenado a 29 anos de prisão e 10 anos como uma medida de segurança por instigar o assassinato do jornalista Pablo Medina e sua companheira Antonia Almada. A decisão foi ratificada pelo Tribunal de Apelações de Canindeyú, considerando que não havia dúvidas quanto à sua participação. A medida de segurança foi por causa da alta probabilidade de cometer esse crime novamente.