O juiz da 1º Vara de Execuções Penais de , Mário José Esbalqueiro Júnior, negou no dia 14 deste mês que os outros policiais presos na Omertà também sejam inseridos no sistema penitenciário federal em regime diferenciado mantendo a decisão do RDD para o empresário , Jamil Name Filho e os policiais Vladenilson Daniel Olmedo e Márcio Cavalcanti, todos transferidos para o presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Foi negado o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) aos policiais civis Frederico Maldonado Arruda e a Elvis Elir Camargo, como também ao policial federal Everaldo Monteiro. Em sua decisão, o juiz argumentou que inexistem provas contundentes da necessidade de medida extrema, diferentemente do que ocorre com os outros quatro presos.

No dia 30 de outubro foi transferido para o presídio federal de Mossoró, o empresário Jamil Name. Jamilzinho como é conhecido, Jamil Name Filho foi transferido no dia 5 de novembro. No dia 13 deste mês foram transferidos os policiais civis. Foi determinado até um ano de regime diferenciado para os quatro, sendo que a decisão pode ser revista pelo juiz de Mossoró.

No dia 25 de outubro, a juíza May Melke Amaral Penteado Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, negou pedido de prisão domiciliar a Jamil Name, sendo está a quinta tentativa da defesa para que o empresário deixe o presídio que é negada. O pedido foi feito em 17 de outubro pela defesa do réu, alegando novamente idade avançada de Jamil Name e também problemas de saúde. Foram anexados ao processo laudos médicos na tentativa de comprovar um estado de saúde fragilizado.

Já no dia 5 deste mês foi a vez da defesa de Jamil Name filho pedir pela sua volta ao presídio federal de Campo Grande. O advogado de defesa, Fábio Augustos Colauto Gregório, em despacho argumentou que ‘sequer há notícia de inquérito ou ação penal que demonstre que o requerente, depois de preso preventivamente, praticou ou continuou praticando crimes graves. Nota-se que o requerimento da espécie argumenta a necessidade de imposição de RDD e de transferência para o presidio federal e também para ‘impedir que os representados continuem a praticar delitos graves'.

Omertà

O (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.