Durante revista pontual realizada na tarde desta segunda-feira, agentes penitenciários encontraram celular na cela de Anderson Clayton Biazon, de 31 anos, preso por tráfico de drogas no IPCG (Instituto Penal de ).  Com passagens também por homicídio, ele é suspeito de ter coordenado pelas redes sociais, de dentro do presídio, o roubo de caminhão que terminou com um menor infrator morto e outro apreendido, além de duas pessoas presas no final de semana.

De acordo com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário),Clayton vai responder um Processo Administrativo Disciplinar e foi levado a uma cela disciplinar da unidade. Caso seja responsabilizado, poderá ter a data base da pena, período usado para concessão de benefícios como progressão de regime, alterada. A polícia investiga se ele é o homem identificado como Colombiano, que contratou os menores por R$ 10 mil para cometerem o roubo.

Conforme noticiado, Colombiano entrou em contato com um dos adolescentes pelo Facebook no último dia 18, e fez a proposta que foi prontamente aceita. Em seguida, pelo WhatsApp, o adolescente voltou a ser contactado pleo homem no dia 25 (quinta-feira), oportunidade em que foi orientado a procurar uma pessoa no Aero Rancho, onde um indivíduo o aguardava para lhe vender um carro. O menor primeiramente se encontrou com outra pessoa no mesmo bairro, e em seguida foi até o Parque Ayrton Senna, onde comprou um Kadett por R$ 2 mil.

Na sequência, usou o veículo para buscar o motorista Hernani David de Souza, contratado para levar o caminhão roubado na fronteira, e deixá-lo na pousada até que chegasse a hora de arrastar o caminhão. Conforme noticiado, na última sexta-feira (26) um motorista de caminhão foi contratado por aplicativo de celular para a realização de um frete, ficando combinado que se encontraria com o contratante naquela mesma tarde no bairro Indubrasil, na Capital. Tratava-se, contudo, de uma armadilha de assaltantes para roubar seu veículo e levá-lo até a Bolívia.

Deste modo, no local e hora combinado, o motorista foi rendido por um adolescente portando arma de fogo e seu irmão. Eles o amarraram, vendaram-no, amordaçaram-no e levaram-no até um hotel na região central de Campo Grande, onde seria mantido em cárcere privado até que o caminhão cruzasse a fronteira pela cidade de Corumbá.

Já na pousada, os assaltantes teriam sido recebidos pela dona do estabelecimento, Vicência Corrêa, que sabia da ação e tinha sido instruída por seu marido Anderson. A mulher os levou até um quarto localizado no fundo do hotel.

Enquanto o irmão permanecia no local com a vítima, o menor infrator encontrou-se com Hernani. Juntos, dirigiram-se até o veículo que ainda estava parado na região de Indubrasil. Todavia, a polícia militar, já avisada pela denúncia anônima de um homem que teria visto o momento em que o motorista havia sido rendido, os surpreendeu.

Informada do local onde estava o proprietário do caminhão, a guarnição da polícia foi até o hotel. Houve troca de tiros e o menor armado foi atingido, socorrido, mas não resistiu. Já na delegacia, irmão menor confessou que teria sido contratado para realizar o roubo. Já o motorista preso alegou desconhecer totalmente a origem ilícita do caminhão e que também teria conversado apenas por mensagens com um homem que se dizia representante de uma transportadora. Ele receberia a quantia de R$ 3 mil para levar o caminhão até Corumbá.