Cafetina será ouvida na primeira audiência sobre morte de ex-superintendente no motel

Acontece nesta terça-feira (12), após quatro meses a primeira audiência da morte de Daniel Abuchain, que foi assassinado a facadas e pauladas em uma emboscada armada em um motel, em Campo Grande. Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, de 28 anos, é acusada pelo crime e deve ser ouvida em audiência. A audiência acontece no início da […]

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Acontece nesta terça-feira (12), após quatro meses a primeira audiência da morte de Daniel Abuchain, que foi assassinado a facadas e pauladas em uma emboscada armada em um motel, em Campo Grande. Fernanda Aparecida da Silva Sylvério, de 28 anos, é acusada pelo crime e deve ser ouvida em audiência.

A audiência acontece no início da tarde desta terça (12) e oito testemunhas devem ser ouvidas, entre elas, cinco policiais e Fernanda. Testemunhas de acusação serão ouvidas.

Fernanda foi presa no dia 20 de novembro de 2018 acusada pelo assassinato de Daniel. Os dois teriam se conhecido há um ano em baladas na cidade e os assédios contra ela teriam começado, motivo que teria alegado para o crime. O corpo do ex-superintendente de gestão de informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) do ex-governador André Puccinelli, foi encontrado completamente nu, em uma rua próximo à Uniderp Agrárias. Ele tinha ferimentos de pauladas na cabeça e de facadas no tórax, ombro, pescoço e cabeça.

O assassinato teria sido premeditado depois de Fernanda fazer o uso de cocaína. Em seu depoimento, ela teria dito que cometeu o assassinato sozinha e que esfaqueou Daniel após não aguentar mais ser assediada por ele. Segundo ela, sua companheira também sofria assédio, já que ele queria manter relações sexuais com as duas mulheres.

No dia do crime, ela teria ligado para Daniel e combinando de irem a um motel, no Jardim Noroeste. Ele foi no carro dela, uma Pajero. Os dois ficaram cerca de 50 minutos dentro do local.

Investigação esquema de terceirizados

Daniel era investigado por supostamente participar de um esquema de terceirizados denunciado em 2016 pela força-tarefa do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul). Na ação impetrada, o Ministério Público alegou que Mário Sérgio Maciel Lorenzetto,  ex-secretário de Fazenda, o ex-adjunto da pasta André Luiz Cance, e o ex-superintendente de Gestão da Informação Daniel Nantes Abuchaim, a Itel Informática, bem como seu proprietário, o empresário João Baird teriam recebido mais de R$ 252.529,996 milhões do Executivo estadual com serviços terceirizados, em sua maioria de forma irregular.

Daniel tinha uma empresa de tecnologia e outra de pescado em seu nome e é irmão de um dos sócios da Master Case Digital Business Ltda, que mantém contratos com o governo do Estado. A empresa foi alvo da Operação Antivírus, do MP-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) por um contrato de R$ 6 milhões para, segundo as investigações, fazer o mesmo serviço que a empresa Pirâmide Informática. Neste ano, a Master Case mantém apenas um contrato com a Junta Comercial, no valor de R$ 756 mil.

 

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