A cafetina Fernanda Aparecida da Silva Syvério, de 28 anos, disse que matou Daniel Abuchain, o ex-superintendente de gestão e informação da Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) do ex-governador André Puccinelli,  por sofrer constantes assédios dele. Segundo ela, a motivação do crime foi vingança.

O assassinato teria sido premeditado na noite de domingo (18), depois de Fernanda fazer o uso de . Em seu depoimento ao delegado Geraldo Marin, da 3º delegacia de Polícia Civil da cidade, ela teria dito que cometeu o assassinato sozinha e que esfaqueou Daniel após não aguentar mais ser assediada por ele. Segundo ela, sua companheira também sofria assédio, já que ele queria manter relações sexuais com as duas mulheres.

Os dois teriam se conhecido há um ano em baladas na cidade. Foi então que o assédio teria começado. Fernanda negou que sua companheira tenha participado do homicídio. 

No dia do crime, ela teria ligado para Daniel e combinando de irem a um motel no Jardim Noroeste. Ele foi no carro dela, uma Pajero. Os dois ficaram cerca de 50 minutos dentro do local. Fernanda contou que, ao entrarem no quarto, Daniel foi tomar banho.

Quando saiu do banheiro, ela o convenceu a manter relação sexual dentro do carro. Quando a vítima deitou no banco do veículo, a cafetina deu várias facadas nele, atingindo seu pescoço, ombro, tórax e cabeça.

Em seguida, ela saiu do motel e disse que, como estava muito nervosa, desovou o corpo na primeira rua que viu. Após abandonar o cadáver, passou na sua casa e buscou a companheira, fugindo para a cidade de Bonito. De lá, acabou ligando para parentes falando o que tinha feito.

Ela foi presa na casa de parentes, no Jardim Los Angeles, depois de ser trazida de volta para , na noite desta terça-feira (20). A polícia não descarta que Fernanda tenha tido ajuda para cometer o crime, já que Daniel era muito mais alto e forte que ela. Ela vai responder pelo crime de homicídio qualificado.