Durante júri, investigador afirma que Nando disse ter feito um ‘limpa’ no bairro e merecia medalha

Durante o julgamento de Luís Alves Martins, conhecido como Nando, nesta quinta-feira (28), em Campo Grande, pelo assassinato de Aparecida Adriana da Costa, em 2014, no Danúbio Azul, investigadores que atuavam na DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) na época afirmaram que Nando teria confessado todos os crimes. Durante o julgamento, Luís Alves começou a gritar, […]

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Nando não assistiu ao depoimento dos policiais civis (Foto: Marcos Ermínio
Nando não assistiu ao depoimento dos policiais civis (Foto: Marcos Ermínio

Durante o julgamento de Luís Alves Martins, conhecido como Nando, nesta quinta-feira (28), em Campo Grande, pelo assassinato de Aparecida Adriana da Costa, em 2014, no Danúbio Azul, investigadores que atuavam na DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) na época afirmaram que Nando teria confessado todos os crimes. Durante o julgamento, Luís Alves começou a gritar, mas logo parou. 

Segundo o investigador, que terá o nome preservado, quando Luís Alves foi preso em seu segundo depoimento à polícia, ele teria confessado todos os assassinatos passando a se vangloriar dos homicídios dizendo ter feito um ‘limpa’ no bairro e que merecia ganhar uma medalha pelos crimes.

Ainda segundo o investigador, Nando ainda teria afirmado na delegacia que ele era o responsável pelos assassinatos e não Vasco, seu amante na época. Em todos julgamentos que participou, Luís Alves negou todos os assassinatos atribuindo as mortes a Jeova Ferreira Lima, o Vasco.

Aparecida Adriana foi assassinada no dia 2 de agosto de 2014, quando foi atraída por Nando e Claudinei Augusto Ornelas até o lixão para usarem drogas. Um adolescente também teria participado do crime. Malu como era conhecida foi morta com estrangulada com uma correia e com goles no abdômen de uma estaca.

As condenações de Nando ultrapassam 130 anos de prisão. Dos sete júris já realizados anteriormente, Nando foi condenado pelos homicídios em cinco deles, apenas em um caso, sobre a morte de Ana Claudia Marques, ele foi absolvido do homicídio, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver. O primeiro julgamento aconteceu no dia 29 de junho de 2018, com a condenação do réu a 18 anos e 3 meses de reclusão pela morte da vítima “Café” ou “Neguinho”. O processo está em grau de recurso.

Ainda no ano passado, no dia 23 de novembro, Nando foi julgado e condenado a 18 anos e 4 meses de reclusão e 20 dias-multa pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza. No dia 20 de fevereiro, ele recebeu nova condenação pela morte de Jenifer Luana Lopes. A pena foi fixada em 18 anos e 3 meses de reclusão. Dias antes, no dia 8, ele teve sua primeira e única absolvição até agora, sendo condenado apenas pela ocultação de cadáver de Ana Cláudia Marques. O crime foi atribuído a um de seus comparsas, que ainda não foi submetido a julgamento, pois recorreu. Pela ocultação do cadáver, a pena foi fixada em 2 anos de reclusão e 30 dias-multa.

No dia 10 de abril, ele teve a condenação a 16 anos e 3 meses de reclusão e 15 dias-multa pela morte de Flávio Soares Corrêa. No dia 26, foi condenado a 14 anos e três meses de prisão pela morte de Bruno Santos Silva. Ainda devem ser agendados os julgamentos pelas mortes das vítimas Alex da Silva dos Santos; Jhenifer Lima da Silva; Aparecida Adriana da Costa; Aline Farias da Silva; “Alemão” e Eduardo Dias Lima.

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