Ao todo foram furtadas 128 cabeças de gado

(Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), desarticulou organização criminosa especializada em furtos de gado e prendeu seis pessoas.  Os autores agiam na região norte de , nas cidades de Bandeirantes, Camapuã e São Gabriel do Oeste. Eles foram presos em flagrante na última segunda-feira (9) e apresentados à imprensa nesta quarta-feira (11).

Genivaldo José de Almeida, 42 anos, Edvaldo Ortiz, 49 anos, Simão Oliveira da Costa, 26 anos, Marcelo Gomes da Silva, 24 anos, Nilo Cunha, 54 anos e Sérgio Luiz de Barros, 55 anos, foram presos em flagrante na cidade de Bandeirantes, distante 74 quilômetros de , após denúncia anônima de que iriam efetuar o embarque de gado de uma propriedade rural. Na BR-163, sentido Campo Grande, foi realizada a abordagem pelos policiais a dois caminhões e uma caminhonete. Os caminhões estavam carregados com 45 bois gordos avaliados em mais de R$ 100 mil e a caminhonete auxiliava o transporte.

Conforme informações policiais, Genivaldo era o chefe do esquema e Edvaldo o responsável pelo contato com os motoristas e posterior venda dos animais, ficando responsável pela obtenção de notas fiscais. Marcelo e Simão seriam os integrantes responsáveis por manejar o gado e ganhariam parte do valor obtido com a venda da res furtiva. Sérgio e Nilo tinham a função de motoristas.

Os motoristas dos caminhões e os peões que ajudavam nos furtos mudava de acordo com a propriedade alvo, alguns inclusive são funcionários das próprias fazendas. “Apenas Genivaldo e Edvaldo eram fixos, os outros participantes eram alternados, por isso mais pessoas devem estar envolvidas em outros furtos cometidos em outras cidades”, conforme informou o delegado titular do Garras, Fábio Peró.

Atuação

Segundo o delegado, além do flagrante, foram esclarecidos outros três furtos que seriam de autoria da organização. Ao todo eles furtaram 128 cabeças de gado, que eram vendidas tanto para propriedades rurais quanto para frigoríficos. No caso dos frigoríficos, os autores utilizavam notas fiscais emitidas por contadores envolvidos no crime e também por pessoas que possuem inscrição junto ao Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) e Agenfa (Agência Fazendária do Estado). 

“Estão surgindo denúncias e acreditamos que mais pessoas possam ter comprado bois furtados sem saber. Outros proprietários compravam pelo preço abaixo do mercado sabendo que era produto de furto, e depois revendiam pelo preço normal”, conta o delegado. Tanto Genivaldo quanto Edivaldo são do ramo de compra e venda de gados, eles também possuíam depósitos clandestinos de gado. Com o dinheiro da venda Genivaldo havia comprado até uma caminhonete Hilux.

Durante apresentação, Genivaldo negou participação neste furto, mas confirmou os outros três anteriores. Sobre a compra do veículo, ele disse que adquiriu por meio de financiamento.

Em janeiro, o grupo já havia participado de um furto na zona Rural de Ribas do Rio Pardo onde 50 cabeças de gado foram levadas de madrugada. Um funcionário foi quem percebeu o furto. Ao chegar à fazenda, ele viu que que a corrente de uma porteira havia sido cortada e os animais foram furtados. Os policiais conseguiram recuperar 30 cabeças que foram devolvidas ao proprietário.

Passagens

Simão foi preso em flagrante em posse de uma espingarda calibre 24. Ele já possui passagem por disparo de arma de fogo e receptação; Genivaldo possui passagens por furto; Edivaldo responde por crimes de receptação e furto e Nilo por tráfico. Agora eles vão responder pelo crime de organização criminosa e furto.