PRF que matou empresário deve responder por homicídio qualificado
Defesa pedia absolvição ou reversão para homicídio simples
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Defesa pedia absolvição ou reversão para homicídio simples
A 3ª Câmara Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou, nesta quinta-feira (5), recurso da defesa do policial rodoviário federal Ricardo Moon, que tentava absolver ou reverter de homicídio qualificado para homicídio simples processo que o PRF responde pela morte do empresário Adriano Corrêa, no dia 31 de dezembro de 2016.
“Só estou esperando a decisão de ontem ser publicada para recorrer em Brasília”, explicou o advogado Renê Siufi, que faz a defesa de Ricardo.
Atualmente, o policial responde por homicídio qualificado por motivo fútil e por meio que dificultou a defesa da vítima.
O caso
Ricardo Sun Moon passou de policial a réu na madrugada do dia 31 de dezembro 2016, quando se envolveu em uma confusão no trânsito, e atirou contra Adriano e as outras duas pessoas que estavam com ele no carro, Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos. O empresário morreu na hora. Moon alegou legítima defesa, versão que não prosperou nem no inquérito da Polícia Civil nem na análise do Ministério Público Estadual.
Uma reconstituição com todos os envolvidos e também testemunhas foi realizado no dia 11 de janeiro de 2017. Na data, Moon estava preso em virtude a um mandado de prisão preventiva, mas no dia 1º de fevereiro, ele ganhou a liberdade.
Duas audiências já foram realizadas e Moon ouvido. Em depoimento ele mantém a versão de que seria atropelado e só por isso atirou no empresário. O policial também afirma que se apresentou como policial e que estava com a ‘vestimenta sereia’, ou seja, metade fardado e metade à paisana, é um procedimento de praxe na corporação.
A suposta invasão do prédio da Coordenadoria Geral de Perícias e falsificação de provas também são investigadas no processo da morte de Adriano. O achado de dois maçaricos, parecidos com armas de fogo, dentro da caminhonete Toyota Hilux do empresário, dias depois da perícia feita no veículo, levantou as suspeitas e resultou em nova investigação. A justiça chegou a pedir a quebra de sigilo telefônico da perita responsável pelo caso para esclarecer os fatos.
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