A delegada Marília de Brito da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente) não descarta responsabilizar os pais da menina de 11 anos pelo que aconteceu na noite do último domingo (15), no bairro Vida Nova, em . O primo da criança teria cometido o crime.

Nesta terça-feira (17), a delegada disse que só chegará ao ponto de responsabilizar os pais da menina ao final do procedimento investigativo. A denúncia do caso foi feita na madrugada desta segunda-feira (16), na Casa da Mulher Brasileira.

A menina foi levada para atendimento médico, foi medicada e deve passar por acompanhamento psicológico. Os pais da criança foram intimados a depor e oitivas devem acontecer ainda nesta terça (17).

De acordo com Marília de Brito estão sendo investigados 800 casos de estupro de vulnerável pelos dois delegados da especializada. “São pessoas acima de qualquer suspeita, que fazem parte da família ou de extrema confiança possuindo trânsito entre o meio familiar”, falou.Pais podem responder por estupro de menina de 11 anos deixada com primo em casa

“É necessário que os pais fiquem mais presentes e atentos na vida dos filhos”, concluiu.

O crime

O estupro aconteceu na noite de domingo, por volta das 23 horas. Os pais saíram para beber, após uma festa de família, em um bar próximo da casa, deixando a filha que estava dormindo no quarto e o sobrinho que estava embriagado no sofá. O rapaz de 21 anos aproveitou a ausência dos tios, tapou a boca da vítima arrancou a roupa e a estuprou.

Ao retornarem para residência, os país da menina chamaram a polícia ao ver o que tinha acontecido. A criança foi encaminhada para UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Vila Almeida, buscam foram realizadas na casa do suspeito, no bairro Jardim Anache, mas ele fugiu do local.

A vítima passou por exames e realizou a ingestão de coquetéis para evitar possível transmissão de DSTs (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

 

(Foto: Guilherme Cavalcante)