O narcotraficante Jarvis Gimenes Pavão, que está preso em Mossoró, no Rio Grande do Norte, foi condenado a 10 anos, 9 meses e 15 dias de prisão em regime fechado, na última sexta-feira (18), pela 5º Vara Federal do Rio Grande do Norte. Pavão é suspeito de envolvimento com o atentado que matou Jorge Raafat Toumani, supostamente na guerra para controlar a região de fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai.

A condenação ocorreu no processo resultante da Operação Coroa, deflagrada em agosto de 2017, para desarticular grupo criminoso responsável pela distribuição de drogas no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul.

Pavão foi apontado como chefe da operação criminosa. Os agentes cumpriram sete mandados de prisão preventiva e nove de busca e apreensão nas cidades de Caxias do Sul e , no Mato Grosso do Sul, e em Assunção, no Paraguai.

Pavão ainda pode recorrer em 2º instância da condenação. Ele foi transferido para o presídio em Mossoró em dezembro de 2017, depois de passar pelo presídio federal em Brasília.

Em 2017, o MPF (Ministério Público Federal) ingressou com denúncia contra sete pessoas alegando que elas se associaram para pratica do tráfico internacional drogas, principalmente, cocaína, originária do Paraguai e destinada à Serra Gaúcha.

Jarvis Pavão foi apontado como chefe desta organização. Na época ele estava preso no Paraguai. Três deles coordenavam as atividades da organização em território nacional e os outros dois eram responsáveis pelo transporte da mercadoria ilícita.

Prisão e condenações

Pavão estava preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Ele cumpria pena de oito anos por crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas no Paraguai. No Brasil, ele irá cumprir pena de 17 anos e oito meses de reclusão a que foi condenado pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. Sua extradição foi solicitada pelo Juízo da Vara Criminal de Balneário Camboriú (SC), responsável pela condenação.

Extradição

A entrega do criminoso ao Brasil foi autorizada pelo Poder Judiciário paraguaio em janeiro de 2010 e ficou aguardando a conclusão da pena que Pavão cumpria por crimes cometidos naquele país. Houve ainda um pedido de extensão da extradição apresentado pelo Juízo da 7ª Vara Federal de Porto Alegre/RS, também pela prática do crime de tráfico internacional de drogas, também foi deferido pelo governo paraguaio.

Participaram do processo de extradição a autoridade central brasileira, exercida pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI) da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), com auxílio da Polícia Federal, da Interpol e do Ministério das Relações Exteriores.