A irmã de Mauro Eder Araújo Pereira de 31 anos, conhecido por ‘Fininho’, havia sido avisada de que o irmão estava em poder de facção criminosa e passaria pelo Tribunal do Crime do PCC. Dois réus foram a julgamento nesta quarta-feira (19), em Campo Grande.
Durante julgamento, o promotor de justiça Douglas Oldegardo Cavalheiro dos Santos, mostrou o momento em que a irmã, em depoimento, contou que ‘Fininho’ desapareceu em uma segunda-feira, e na quarta-feira da mesma semana ela foi avisada que deu seu irmão estava com o PCC e que não era para ela procurar a polícia, pois até sábado ele seria “julgado”.
“Fininho foi conduzido para dar nomes de integrantes do Comando Vermelho, pois ele tinha um conhecimento muito grande de vários integrantes dessa facção”, afirma o promotor que acrescenta ainda que existe uma guerra notória de facções criminosas em Campo Grande.
A promotoria questionou se Abner não conhecia nenhum dos integrantes, já que dias antes do assassinato teria roubado a mando de um detento do presídio de Segurança Máxima e integrante da facção, um celular de sua esposa, conhecida como ‘Branca’ (também citada no processo), já que estaria desconfiado que estava sendo traído. ‘Gordinho’ negou tudo e afirmou que cometeu o crime por dívida de drogas.
Ainda conforme o promotor, ‘Branca’ seria considerada ‘irmã’ dentro do PCC um dos mais altos graus na hierarquia da facção.
Crime
O corpo de ‘Fininho’ foi encontrado próximo ao clube Clube Atlântico na BR-262, no dia 20 de julho de 2017.Segundo a polícia na época, o cadáver estava no local a cerca de dois meses, e foi localizado em avançado estado de decomposição.