Foragido da Ouro de Ofir é preso em Brasília pela Polícia Federal
Atraía vítimas sob promessa de lucro fácil
Arquivo –
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R.M.N., então foragido da Operação Ouro de Ofir, foi preso pela PF (Polícia Federal) nesta quarta-feira (18) em Brasília (DF). R. é apontado como um dos integrantes que atraía as pessoas que eram lesadas sob a promessa de lucro fácil.
De acordo com a PF, R. cumpria papel importante na organização criminosa porque se passava por pessoa influente na política brasiliense, dizendo-se peça importante na “liberação” dos valores astronômicos junto aos bancos e governo federal, mas na verdade tudo não passa de mais um golpe para enganar as vítimas e fazerem-nas acreditar na existência dos valores e seu efetivo pagamento.
O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 4ª Vara Criminal de Campo Grande/MS, onde tramita a ação principal e também local onde os demais presos respondem criminalmente pelos mesmos crimes. O preso permanecerá em Brasília (DF).
Pedido de liberdade negado
O STF (Supremo Tribunal Federal) negou nesta segunda-feira (16), pela terceira vez, pedido de habeas corpus de Celso Eder Araújo, preso desde o dia 21 de novembro de 2017 durante a Operação Ouro de Ofir da Polícia Federal. A decisão foi do Ministro Ricardo Lewandowski.
Documento contento a negativa do STF foi feito no dia 10 de abril, última terça-feira, e publicado nos processos do supremo na sexta-feira (13).
Na decisão, Lewandowski cita argumentos para manter Celso Eder preso, inclusive que ele coloca em risco a ordem pública e que responde por processos em outra cidade do país.
“Isso demonstra, também, a periculosidade do grupo sob investigação, tudo a exigir do Poder Judiciário providências no sentido de interromper tais atividades, pois a atuação de qualquer grupo organizado para a prática de crimes atenta contra a ordem pública”, diz trecho.
Por fim, o ministro define que o investigado, integrante de grupo que aplicou golpe em mais de 25 mil pessoas, continuará preso.
O golpe
Os investigados, segundo a PF, supostamente induziam vítimas a investir dinheiro oferecendo em troca quantias milionárias. A promessa envolvia de mina de ouro qda época do império a documentos falsos do Banco Central.
Já a segunda forma era apresentar para os investidores que pessoas ‘importantes’ participavam e estavam lucrando com os investimentos. Eles afirmavam que tinham investidores como juiz e cônsul honorário da Guiné.
Para atrair as vítimas, os integrantes afirmavam que uma família de Campo Grande era dona de uma mina de ouro da época do império, que tinha sido vendida para os Estados Unidos e para a Europa, e que a família tinha 40% de direitos sobre a mina vendida.
Sendo que parte do dinheiro recebido teria de ser repassado para terceiros, momento em que eram vendidas cotas para os investidores, que aplicavam R$ 1 mil com promessas de receber R$ 1 milhão. A organização criminosa também usava das declarações do imposto de renda para mostrar para os investidores que estariam enriquecendo, com o dinheiro investido no grupo.
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