Borracheiro e servidora vivem momentos de pânico em casa com suposto erro em mandado de operação

Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Grãos de Ouro, desencadeada nesta quarta-feira (8) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), agentes teriam, por engano, apreendido itens de uma família da Capital. A casa, que pertence a um borracheiro e uma técnica de enfermagem, que é servidora pública, […]

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Durante cumprimento de mandados de busca e apreensão da Operação Grãos de Ouro, desencadeada nesta quarta-feira (8) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), agentes teriam, por engano, apreendido itens de uma família da Capital. A casa, que pertence a um borracheiro e uma técnica de enfermagem, que é servidora pública, foi revirada, mas na verdade o alvo seria um imóvel vizinho, que pertenceu até 2015 a uma empresa cerealista.

Advogado do casal, Márcio Almeida disse ao Jornal Midiamax que a casa localizada na Rua Sagarana, no bairro Zé Pereira, foi “invadida por agentes da operação” por volta das 6 horas de hoje. Durante as buscas, agentes reviraram móveis do casal e levaram computador, celular e cinco pen drives.

O casal teria tentado esclarecer aos agentes que não tinha relação com comércio de grãos, e um perito até teria identificado o erro no cumprimento do mandado, mas seguiu com o trabalho. A técnica de enfermagem chegou a procurar atendimento médico na Upa (Unidade de Pronto Atendimento) Vila Almeida em razão de pressão alta causada pelo “momento de pânico”.

Márcio foi procurado pelo casal depois da busca e afirma que houve um erro durante a apuração e cumprimento do mandado. O alvo dos agentes deveria ser, na verdade, o imóvel localizado na Rua Sagarana número 1353. A casa teria sido alugada, até janeiro de 2015, à empresa Petrópolis Comércio de Cereais. Documento que comprova o aluguel do imóvel vizinho já está com o advogado.

A residência do casal fica na mesma rua, ao lado, no entanto, em número diferente, 1367. “A família ficou bastante abalada com a situação e teremos que ingressar com pedido para restituir os bens apreendidos e também uma ação indenizatória”, explica o advogado.

A operação

Durante as buscas desta quarta-feira em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso, os policiais apreenderam R$ 500 mil em espécie de um produtor rural, documentos e celulares dos 33 alvos.

As prisões em caráter preventivo ocorreram nas seguintes cidades: Campo Grande (13), Chapadão do Sul (9), Costa Rica (2), Itaporã (1), Cuiabá (2), Rio Verde de Goiás (1), Mineiros-GO (1), Presidente Prudente-SP (2), Rodeio Bonito-RS (2).

Buscas também foram feitas em gabinete da Assembleia Legislativa do Estado, mas conforme o Gaeco, não há ligação de políticos com o esquema. O alvo na AL era servidor Marcos Antônio Silva de Souza, lotado no gabinete do deputado Paulo Corrêa.

Em Cuiabá, a cerca de 710 km de Campo Grande, um dos alvos teria sido a empresa Efraim Agronegócios que negocia soja, cujo escritório é localizado no edifício comercial SB Tower. Nomes de investigados e empresas implicadas na Operação não foram revelados pelo Gaeco.

Outro lado

O Jornal Midiamax entrou em contato com a assessoria de imprensa do MPE-MS (Ministério Pùblico Estadual) para mais detalhes sobre o suposto erro, mas até o momento o órgão não foi procurado pelo casal.

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