Rebelião aconteceu em agosto de 2016

Mesmo depredada e sem condições de abrigar os presos, a cadeia da cidade de Miranda distante 203 quilômetros de Campo Grande ainda tem 16 detentos, entre eles duas mulheres estrangeiras presas há quase cinco meses no local.

A cadeia foi depredada em uma rebelião, onde 11 presos conseguiram escapar, em agosto de 2016. Armários, paredes foram quebradas e a cadeia acabou sendo interditada. E mesmo com a interdição, 16 detentos, além de duas mulheres bolivianas, que estão no local.

A capacidade da delegacia da cidade é de 16 presos divididos em quatro celas. Mas, depois da rebelião duas celas foram interditas e os 16 detentos ocupam uma única cela na delegacia.

Ainda 17 detentos do regime semiaberto cumprem pena na delegacia, que fica nos fundos do prédio. Nas imagens do vídeo, é possível ver os presos ‘amontoados’ em uma cela pequena, em outra cela estão as duas mulheres.

Os fundos da delegacia está tomado por um matagal, caminho feito pelos presos do semiaberto para chegarem ao dormitório. Portas dos armários da delegacia estão caindo depois de terem sido depredadas durante a rebelião.

 

 

A rebelião

Durante a madrugada do dia de agosto, de 2016, 11 detentos fugiram da delegacia de polícia civil da cidade de Miranda localizada a 203 quilômetros de Campo Grande, quando uma presa ao passar mal foi levada para o hospital da cidade.

De acordo com informações policiais, por volta das 18 horas do dia 8 de agosto, uma detenta afirmou estar passando mal. Um investigador foi até a farmácia para comprar remédios para a mulher, que já às duas horas da madrugada desta terça-feira (9) voltou a afirmar que ainda passava mal.

A presa foi levada para o hospital da cidade, momento em que os outros internos passaram a bater nas grades e nas paredes. Ao perceber a movimentação, a plantonista da delegacia foi pedir apoio até o quartel da polícia militar para conter a fuga dos presos.

Os presos conseguiram arrombar as celas, danificaram armários e tentaram arrombar os armários onde ficam depositadas as drogas apreendidas. Durante a rebelião na delegacia, 11 presos fugiram e ainda não foram recapturados.

Outra rebelião

Presos que estavam encarcerados nas celas da Delegacia de Polícia Civil de Água Clara, cidade distante 193 quilômetros da Capital, fizeram uma rebelião. Eles queimaram colchões e exigiram a transferência para presídios, já que estão em celas superlotadas.

 A delegacia, que foi transformada em cadeia pública, possui apenas duas celas com medidas de 2m x 3m. A capacidade é para dois presos em cada cela, mas ao todo havia 11 detentos em cada cárcere. Nesta manhã, os presos jogaram os colchões para fora das celas e atearam fogo. Eles exigem a transferência, que também é uma exigência dos policiais civis, já que eles acabam fazendo o trabalho de custódia dos detentos.