Testemunhas faltam e apenas réus por homicídio de Wesner serão ouvidos
Escolta na entrada e saída da audiência é realizada pelo Batalhão de Choque
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Escolta na entrada e saída da audiência é realizada pelo Batalhão de Choque
As duas últimas testemunhas de defesa no caso Wesner, que seriam ouvidas pelo juiz Carlos Alberto Garcete, nesta segunda-feira (30), faltaram. Dessa forma a defesa abriu mão dos depoimentos e apenas os réus Thiago Giovani de Marco Sena, de 20 anos, e Willian Henrique Larrea de 30 anos serão ouvidos nesta 3ª audiência do processo.
A defesa dos acusados pela morte do adolescente chegou a solicitar à Justiça escolta policial, com o argumento de que os dois estariam sofrendo ameaças. O pedido foi feito no último dia 20 de outubro e aceito pelo juiz. A guarda é realizada nesta segunda-feira pelo militares do Batalhão de Choque da Polícia Militar.
Durante a segunda audiência, o médico legista arrolado ao processo pelo Ministério Público chegou a citar que o compressor só havia sido aproximado da roupa e não introduzido. O fato reforça a estratégia de defesa do advogado Francisco Guedes, que trabalha para que clientes tenham uma condenação justa.
““Isso confirma que não houve intenção de matar, não houve dolo. Eles não são monstros, não são assassinos, lamentavelmente, fizeram uma brincadeira infeliz que resultou na morte do Wesner, que não foi desejada e nem esperada. Eu confio no bom senso da Justiça, pois a defesa não busca absolvição, mas sim uma condenação justa na medida da culpa. Condenação injusta não indeniza a família, é por isso que existe indenização por danos morais e materiais”, finalizou.
A defesa garante que os clientes foram ameaçados no fim da última audiência, quando uma dupla encapuzada, que fazia parte dos manifestantes da família se aproximou fazendo menção da posse de arma.
Caso
Wesner deu entrada na Santa Casa de Campo Grande no dia 3 de fevereiro em estado grave, após ter sido agredido
Ele precisou passar por uma cirurgia que retirou 20 centímetros do intestino. Depois disso, chegou a apresentar melhora no quadro de saúde, mas voltou a ter hemorragia e foi levado para a CTI (Centro de Tratamento Intensivo) novamente. No dia 14 de fevereiro ele não resistiu e morreu.
Logo após sua morte, a polícia pediu a prisão preventiva dos dois envolvidos, o que foi negado pelo juiz Carlos Alberto Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal de Júri de Campo Grande. Ele alegou que o delegado Paulo Sérgio Lauretto não trouxe “fundamentação quanto à concreta necessidade da prisão preventiva dos envolvidos”.
No dia 3 de março, com faixas e cartazes pedindo justiça, cerca de 30 pessoas entre familiares e amigos de Wesner protestaram em frente ao Fórum de Campo Grande. Eles reivindicam agilidade no processo judicial.
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