Ele mesmo desbloqueou celular para policiais

 

O homem 38 anos – suspeito de estuprar e matar o menino Kauan Andrade, 9 anos- no momento da prisão em flagrante entregou o celular aos policiais dizendo que “não tinha nada a esconder”. No aparelho, além de vídeos pornográficos envolvendo menores de idades, também havia imagens do suspeito com armas de fogo. 

No registro da prisão, consta que foram apreendidos dois celulares e uma CPU de computador. No momento do flagrante, ele negou o crime e afirmou: “Eu sou inocente, eu não sei o que está acontecendo”. Os policiais então apreenderam os celulares e o próprio suspeito foi quem desbloqueou o aparelho. 

No celular os agentes da Polícia Civil encontraram cenas de sexo explícito. Com “farto matérial pornográfico” – termo usado pela polícia no inquérito-. Em uma delas, aparece o suspeito e uma menina. Ele identificou a jovem à polícia pelo primeiro nome e disse que ela teria 17 anos. A garota seria moradora de um bairro da região sul de , onde o suspeito já deu aula em uma escola municipal. 

Também foram encontradas imagens do suspeito com armas verdadeiras. Ele mesmo afirmou que eram verdadeiras, ou seja não eram simulacros (réplicas de armas). 

Em outra parte do procedimento policial, o agente que participou do flagrante afirma: “Resta claro que são cenas de sexo com dois adolescentes, tendo em vista a aparência dos mesmos”. Um dos garotos foi identificado à polícia pelo adolescente de 14 anos, envolvido na morte da Kauan. 

Permanece preso

O suspeito de matar Kauan foi preso por três crimes: armazenar pornografia envolvendo adolescentes, estupro de vulnerável e exploração sexual. Pelo primeiro crime, o delegado da Depca (Delegacia Especializada em Atendimento à Criança e ao Adolesce) não arbitrou fiança, mas a Justiça concedeu a liberdade, no último domingo (23) uma vez que ele não tem antecedentes e a pena é de até 4 anos. Mesmo com essa decisão, ele permanece preso pelos outros crimes, segundo o delegado Paulo Sérgio Lauretto, que comanda as investigações. 

Caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Suspeito de matar Kauan filmou sexo com jovem de escola onde deu aula

O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.

Colaborou: Thatiana Melo