Quatro teriam sido obrigados a fazer sexo com menino já desacordado

Na tarde desta segunda-feira (28) os quatro adolescentes que teriam participação na morte do garoto Kauan de 9 anos de idade, terão seus destinos definidos pela Vara da Infância. De acordo com as investigações, os quatro adolescentes estiveram no local do crime (a casa do professor, no Coophavila) e participaram diretamente da morte e desaparecimento do garoto, na noite do dia 25 de julho.

Os garotos têm idade entre 13 e 16 anos, sendo que dois deles têm 14 anos. Segundo aquilo que foi apurado pela polícia, no dia do crime, estaria acontecendo uma festa no bairro e o garoto de 13 e um dos de 14 anos decidiram ir até a casa do professor em busca de dinheiro. Quando lá chegaram foi feito o pedido para que procurassem um outro que seria o “preferido” do acusado.

Quando retornaram ao local, Kauan e o outro adolescnete de 14 anos já estavam na residência. Eles disseram ainda que o menino já estaria morto e que o professor os obrigou, sob a ameaça de um revólver a ficar no local e praticar sexo com o corpo do garoto. Eles também teriam presenciado o esquartejamento.

Os quatro foram no carro do acusado até as margens do córrego Anhanduí e viram o professor deixar o corpo sobre uma pedra. Depois cada um foi deixado em suas respectivas casas. Dois dos garotos já estão recolhidos em uma unidade da Unei (Unidade Educacional de Internação). O acusado teria retornado ao córrego, posteriormente resgatado os restos mortais, levado para casa e praticado um segundo esquartejamento, com o objetivo de dificultar a localização do corpo, que até agora não foi encontrado.

Depois da audiência desta tarde, a Justiça vai determinar se eles serão liberados e atuarão no caso como testemunhas, ou se será considerado que contribuíram de alguma forma para a efetivação do crime e neste caso deverão ser recolhidas à uma unidade de internação.

 

O caso

Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca. Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.

Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa. A criança teria falecido enquanto era violentada.

Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.

O homem suspeito de ser pedófilo foi preso no dia 21 de julho, no começo da tarde, pouco antes do início das buscas pelo corpo do menino. De acordo com o delegado, o suspeito negou as acusações, mas com o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, não há dúvidas de que a vítima era Kauan.