Comitiva de veio à Capital buscas apoio

Após duas reuniões em busca de apoio nas áreas de às margens do anel viário de Dourados, a 235 km de Campo Grande, o Sindicato Rural do município conseguiu a garantia da presença da Polícia Militar. A Superintendência da Policia Federal deixou claro que só atuará como Polícia Judiciária e o presidente Lúcio Damália rebate que decisão é temerária, pois líderes indígenas respeitam apenas a PF.

Antes de se reunir com advogados, delegados e o secretário de segurança do Estado, Damália ouviu os proprietários rurais das áreas ocupadas por índios da Reserva Indigena.  As discussões foram apoiadas pelas Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), advogado Joderly Dias do Prado Junior, do Sindicato Rural, e advogados João Waimer Moreira Junior, que representa grande parte dos sitiantes.

Na semana passada, Lúcio Damália e os advogados foram recebidos na Superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. A reunião envolveu os delegados Ricardo Cubas Cesar, superintendente Regional da Polícia Federal, e Cleo Matusiak Mazzotti, da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado.

A Superintendência da Policia Federal deixou claro que sua atuação no caso será apenas como Polícia Judiciária, ou seja, promoverá a realização e acompanhamento dos atos judiciais, tais como cumprimento de Mandados de Citação e Reintegração de Posse, por exemplo.

“Essa decisão é temerária porque os líderes indígenas que comandam essas invasões já demonstraram que respeitam apenas a Polícia Federal, ou seja, eles não cessam as invasões e as destruições mesmo com a presença da Polícia Militar”, ressaltou Damália.

A segunda reunião ocorreu na Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, o presidente foi recebida pelo secretário José Carlos Barbosa, o delegado Antônio Carlos Videira, secretário-adjunto de Estado de Justiça e Segurança Pública e pelo superintendente de Segurança Pública e Políticas Penitenciárias Ary Carlos Barbosa.

USO DA FORÇA

A comitiva de Dourados mostrou às autoridades de segurança pública a necessidade de uma atuação mais presente no conflito, tanto de modo preventivo, através de rondas ostensivas, como de modo repressivo, comparecendo urgentemente sempre que estiver ocorrendo violência ou estiver na iminência desta ocorrer.

“Caso o Estado não se mostre presente no conflito, poderá ser passada a imagem de que a única solução para os sitiantes é o recurso do uso da própria força, o que não é recomendável, sob pena de se correr o risco de acontecer uma tragédia”, alertou Lúcio Damália.

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Mas o presidente do Sindicato Rural ressalta que seria ideal se a Polícia Federal agisse da mesma forma.

O Sindicato Rural de Dourados já havia se reunido com o delegado Nivaldo Lopes da Silva, da Polícia Federal, com o tenente-coronel Carlos Silva, comandante do 3º Batalhão da Polícia Militar de Dourados.