A polícia ainda aguarda as imagens das câmeras

Investigadores da 12ªDP (Copacabana) já iniciaram apuração sobre a pichação de uma suástica no muro do Clube Israelita Brasileiro (CIB), na última sexta-feira, em Copacabana. A polícia ainda aguarda as imagens das câmeras de segurança do local, mas já apura o crime de racismo.Polícia apura crime de racismo após pichação de suástica em muro de Clube Israelita

As investigações acontecem com base no parágarafo 1 do artigo 20 da lei 7716, que trata de “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.

O emblema do governo nazista alemão, que durante a Segunda Guerra Mundial matou milhões de judeus, foi rabiscado no meio da estrela de David, maior símbolo do judaísmo, na última sexta-deira. Na manhã de sábado, a pichação foi apagada pelos funcionários do próprio clube.

Para o presidente da Federação Israelita do Estado do Rio, Herry Rosenberg, é difícil imaginar quem poderia ser responsável pelo crime:

 

— É difícil saber se é uma coisa pessoal, se é um grupo. É uma coisa muito doida. Não dá para saber a razão e a origem, a menos que tivessem flagrado. Fato é que esse ato não atinge somente a comunidade judaica, mas todas as minorias — afirmou ao GLOBO.

Um dia antes da pichação, um evento foi realizado pela Associação Sionista Brasil Israel (ASBI) e contou com a participação de representantes do Movimento Brasil Livre. Em nota, a associação disse a pichação pode ter sido uma retaliação ao clube, que alugou o espaço para o evento.

“A ASBI já mandou apurar e vai perseguir as provas que revelem o autor. No momento que descobrir quem é o sociopata, vai processa-lo e tornar pública a sua imagem e as suas ligações, doa a quem doer”, afirma um trecho da nota.