Ex-cunhado é suspeito do crime

Juliano Benites Rodrigues, de 23 anos, assassinado a tiros na madrugada desta sexta-feira (14), teria se despedido dos familiares horas antes do crime, que aconteceu na frente de uma tabacaria na Avenida dos Cafezais, Jardim Canguru. A revelação foi feita pelo pai do rapaz, que não chegou a vê-lo antes do crime.

“Ele perguntou por mim antes de sair”, disse o pai de Juliano, que afirmou ao Jornal Midiamax que essa não era uma atitude comum do filho. Segundo ele, o rapaz conversou com o irmão antes de sair, mostrou as roupas e alguns tênis que tinha e disse que agora aquilo seria dele.

À mãe, Juliano perguntou sobre o pai, que estava dormindo no momento, e deu a entender que estava se despedindo da família. Ele saiu de casa e, horas depois, uma testemunha foi até a casa da vítima, chamou pelos familiares e contou do homicídio. O rapaz foi morto a tiros a menos de um quilômetro da casa onde morava.

Conflitos familiares

Conforme investigação da polícia, Juliano deixa uma filha de dois anos, fruto do relacionamento com a ex-mulher. Testemunhas contaram que ela não aceitava o fim do namoro com Juliano e teria tentado reatar algumas vezes.

Em uma das ocasiões, também segundo relato das testemunhas, ela teria ido até a casa de Juliano e o agrediu, quando o rapaz a empurrou. Ela então saiu da residência e procurou o irmão, identificado como ‘Grilo’, dizendo que Juliano a agrediu.

‘Grilo’ é apontado como principal suspeito do crime. Ele e Juliano teriam se envolvido em uma briga há aproximadamente um mês, quando o suspeito ameaçou o rapaz de morte. Nesta madrugada, Juliano foi assassinado a tiros na frente de uma tabacaria, na Avenida dos Cafezais.

Duas pessoas passaram por ele em uma motocicleta vermelha e o passageiro atirou duas vezes, matando o rapaz. O caso é tratado como homicídio qualificado pela emboscada ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do ofendido.