Após prisão de policial em serviço, colegas reclamam de suposta arbitrariedade

Sargento estaria orientando sobre acidente

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Sargento estaria orientando sobre acidente

A tropa do Batalhão de Polícia de Choque estaria indignada com a prisão do sargento Éder Queiroz Gomes, de 35 anos, realizada pela Corregedoria da PM, segundo um tenente do Batalhão, teria sido um ato arbitrário. Segundo ele, o sargento foi preso enquanto estaria orientando um empresário devido a um acidente de trânsito entre um amigo dele e o empresário.

Tudo começou com um acidente de trânsito, acontecido na última sexta-feira (29), sem vítimas e poucos danos entre o empresário Franklin Nunes Martins, de 26 anos e o comerciante Eraldo Gomes Patrício Júnior, de 27 anos. Não há informações sobre a dinâmica da colisão, já que não foi registrado boletim de ocorrência porque ambos teriam concordado em combinarem o conserto por WhatsApp.

Entretanto houve desentendimento e troca de ameaças entre os dois. Segundo áudios enviados por amigos do sargento preso, Franklin diz que Eraldo o convenceu de não chamar o Juizado do Trânsito e pede que ele pague pelo conserto de sua moto. Ainda ele diz que Eraldo deve se mudar de bairro, senão seu carro iria “virar peneira”. Franklin ainda afirma que tem parentesco com um Coronel da PM.

Eraldo teria solicitado ajuda ao amigo, sargento do Choque, que foi até ao local de trabalho de Franklin. Integrantes da tropa de Choque afirmam que ele teria ido ao estabelecimento apenas para orientar o empresário, enquanto estava de serviço e com viatura.

Assim que ele chegou, outras viaturas sabendo que ele da ocorrência também compareceram ao local, mas a ajuda foi dispensada pelo próprio sargento.

Após prisão de policial em serviço, colegas reclamam de suposta arbitrariedade

Ainda conforme o relato do tenente, quando o sargento chegou, o empresário teria ligado para tal coronel e 15 minutos depois uma viatura chegou ao local para efetuar a prisão do sargento, em flagrante. Segundo o próprio oficial do Choque, uma ocorrência em Campo Grande estaria demorando de 30 a 40 minutos para chegar ao local.

Lá, um capitão de outra unidade ligou para a Corregedoria, explicou a situação e pediu para que todos fossem levados para esclarecimento dos fatos. Os policiais do Choque também reclamam que nenhum oficial teria sido acionado para acompanhar o sargento, prática comum nesses casos.

“O caso não pode ser considerado uma ameaça. O sargento estava fardado, caracterizado como policial e atendendo a uma ocorrência, apenas para orientar”, disse o tenente.

A reportagem do Jornal Midiamax não conseguiu contato com a Corregedoria da PM, mas conversou com o coronel Waldir Ribeiro Acosta, Comandante da PM,que informou que o caso está sob os cuidados do Ciops e não há informações de que procedimento serão tomados quanto ao oficial citado nos áudios. A defesa do sargento já entrou com pedido de liberdade para o sargento.

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