VÍDEO: centenas de policiais se unem em protesto, mas juiz nega liberdade de PMs

Policiais farão novo protesto em frente ao Presídio Militar Estadual

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Policiais farão novo protesto em frente ao Presídio Militar Estadual

A Justiça negou a liberdade e decidiu manter a prisão preventiva dos três soldados da PMMS (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul), presos na noite de terça-feira (19) por um suposto exagero na abordagem a um adolescente infrator. A sentença, proferida pelo juiz Davi de Oliveira, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Homogêneos, revoltou os centenas de agentes de segurança que protestaram em frente ao Fórum da Capital, desde o começo da manhã. 

Após audiência de custódia, na manhã desta quinta-feira (20), que foi encerrada por volta do meio-dia, a decisão foi de que os policiais devem voltar ao PME (Presídio Militar Estadual) para responderem presos ao processo de lesão corporal. 

Segundo o advogado de defesa, Laudo César Pereira, o promotor que acompanhou o caso chegou a solicitar o pedido de soltura dos policiais militares, que não foi acatado pelo juiz. De acordo com o presidente da ACS-MS (Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso do Sul), Edmar Soares da Silva, a associação deve entrar com novo pedido de revogação, agora da decisão do juiz.

Para os policiais que acompanharam o caso e protestaram pela liberdade dos soldados do 1º Batalhão da Polícia Militar, a decisão foi arbitrária. “O juiz se baseou nos indícios dos autos do processo, alegando que o adolescente foi lesionado pelos policiais. Nós da ACS e o advogado não concordamos, porque o juiz não levou em consideração a integridade dos PMs”, diz Edmar.

Protestaram em frente ao Fórum, durante a audiência, aproximadamente 200 policiais, entre civis, militares, agentes penitenciários, guardas municipais, policiais rodoviários federais e policiais federais. De acordo com Edmar, os três soldados presos na noite de terça-feira, o adolescente infrator e o pai do garoto, que denunciaram suposta agressão, permaneceram na mesma sala para prestarem depoimento. “A lei não foi respeitada, eles deveriam terem sido ouvidos em locais e momentos diferentes”, afirma o presidente da ACS.

Os agentes alegam que o juiz não levou em consideração a revelação do próprio menor, que possui passagens por furto e estupro, de que as lesões apresentadas são oriundas da queda da motocicleta em que estava durante a abordagem policial que resultou na prisão dos PMs.

Novo protesto

No período da tarde, por volta das 14 horas, haverá nova comoção para protesto contra a prisão dos militares. Os policiais se deslocarão até o prédio da PME, para onde os soldados já foram encaminhados ao fim da audiência. “Toda a categoria está apoiando os policiais militares”, diz Edmar. Além disso, os policiais afirmam que atuarão em modo de “operação padrão”.

A informação é de que todos os policiais militares que atuam na Capital atuarão atendendo as ocorrências normalmente e garantirão que o serviço de segurança seja feito, porém, não “darão o sangue” e nem colocarão em risco a própria integridade como tem sido feito nos últimos tempos, conforme afirmado pelo presidente da ACS.

Falta de provas

De acordo com os policiais que protestaram durante a audiência, até o momento da audiência de custódia, o laudo do exame de corpo de delito do adolescente de 15 anos ainda não havia sido divulgado. “Não há indícios ou provas, a decisão foi arbitrária”, afirma Edmar. Ainda segundo ele, não há provas para que a prisão dos policiais seja mantida.

Ao fim da audiência, os três soldados da PM foram encaminhados para o Presídio Militar Estadual e aplaudidos pelos companheiros de farda, que clamaram justiça.

Confira a saída dos soldados

 

 

Veja o vídeo AQUI

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