Testemunhas não são localizadas e juiz ouve apenas policiais sobre latrocínio

Esta foi a primeira audiência do caso que aconteceu em janeiro deste ano

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Esta foi a primeira audiência do caso que aconteceu em janeiro deste ano

Das 13 testemunhas intimadas a comparecer na tarde desta terça-feira (12) na primeira audiência sobre o latrocínio que vitimou Carlos Guilherme dos Santos Bertoldo, de 30 anos, no início do ano na Capital somente quatro foram localizadas e destas apenas duas foram ouvidas. Os dois investigadores da Polícia Civil envolvidos na prisão dos acusados foram os únicos ouvidos.

Estava previsto a oitiva de cinco testemunhas de defesa e oito de acusação na audiência desta tarde, mas apenas duas de defesa e duas de acusação compareceram à 5ª Vara Criminal. A pedido dos advogados do réus William de Jesus Souza, de 22 anos, e Anderson Ricardo de Arruda Silva, de 27 anos apenas as duas de acusação foram ouvidas.

Compareceram à audiência os dois policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) que participaram da investigação e das prisões de William e Anderson. Durante seus esclarecimentos os policiais detalharam o que foi dito por William no momento de sua prisão em fevereiro deste ano.

Os policiais contaram que dos quatro suspeitos de terem participação no crime o primeiro a ser localizado foi William e a partir dele a polícia chegou aos outros envolvidos. Segundo eles, a polícia recebeu a informação de que um rapaz natural de Alagoas com um braço machucado estaria fazendo as malas para voltar para a cidade natal.

Após buscas, William foi localizado em uma kitnet no Jardim Carioca e sobre o machucado no braço teria dito aos policiais que havia caído de moto negando participação no crime. William confessou a autoria do crime apenas depois da esposa do técnico agrícola Carlos Guilherme, que estava com o marido durante a ação da dupla, o reconhecê-lo na delegacia.

Durante os depoimentos eles também destacaram que William deixou claro em seu relato que apenas ele e o homem identificado até o momento como ‘Bimbim’, agiram durante o assalto. Anderson e um adolescente teriam ficado próximos as moto usadas por eles que estavam estacionadas na frente do aeroporto da Capital, na Avenida Duque de Caxias.

Na lista de testemunhas de acusação estava a esposa do técnico agrícola, mas de acordo com o juiz Waldir Peixoto Barbosa a mulher, que também foi vítima da dupla, não foi intimada porque seu endereço completo não constava no processo. Os réus não foram ouvidos nesta terça.

De acordo com o advogado de Anderson, Marcos Ivan, é preferível para a defesa que primeiramente todas as testemunhas de acusação sejam ouvidas para depois ser realizada as oitivas com as de defesa. “A defesa não concordo com a inversão”, diz o advogado. O pedido foi acatado pelo juiz e uma nova audiência será marcada.

Caso

No dia 24 de janeiro, por volta das 22 horas, na avenida Duque de Caxias, esquina com a rua Capibaribe, William e Anderson, agindo a mando de um rapaz, até então identificado como ‘Bimbim’, tentaram roubar, mediante grave ameaça e violência exercida com arma de fogo, bens materiais e um veículo pertencentes a Carlos Guilherme dos Santos Bertoldo e a esposa dele.

Um adolescente também participou do crime e, enquanto ‘Bimbim’, o adolescente e Anderson davam cobertura e procuravam por objetos no veículo de Carlos, uma picape, William apontava o revólver para o casal. Quando William puxou a mulher de Carlos para um canto, a vítima reagiu, pegando uma faca que estava no veículo e golpeando o assaltante, que revidou com tiros.

Carlos não resistiu e morreu antes da chegada do socorro. William chegou a confessar o crime, com riqueza de detalhes.

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