Vítima ficou gravemente ferida

Falta de proteção e efetivo nos presídios de Mato Grosso do Sul volta a ser assunto após mais um episódio de agressão. No sábado, dia 9, que atua no Presídio de foi gravemente ferido por um detento que tentou fugir.

Henrique Pereira da Silva, de 23 anos, preso em março deste ano por roubo, fingiu que passava mal para tentar fugir do presídio. Quando o agente penitenciário foi até a cela para levar o preso à enfermaria, o rapaz correu até o muro do presídio e foi perseguido. Henrique pegou uma pedra que estava ao lado do muro e atingiu o agente penitenciário com pedradas na cabeça.

Com apoio de outros agentes, o preso foi encaminhado para uma área de isolamento e a vítima foi a um posto de saúde para ser atendida. O detento foi encaminhado para outro estabelecimento penal, conforme o diretor presidente da (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) Ailton Stropa Garcia.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, em alguns fins de semana o presídio chega a ser controlado apenas por três agentes penitenciários. “Realmente há defasagem, mas já estamos com concurso em andamento e até o fim do ano teremos 438 novos agentes”, disse Stropa. Além disso, os agentes penitenciários, que atuam diariamente acompanhando os presos dentro dos estabelecimentos penais, trabalham sem proteção, como colete balístico.

Além da agressão, casos de ameaça são constantes dentro dos presídios do Estado e um dia após o agente ser lesionado, outro foi jurado de morte no Presídio Semiaberto de Corumbá. O agente fechava as celas quando o detento de 23 anos o segurou pela camiseta. Os dois caíram no chão e entraram em vias de fato e outros detentos precisaram apartar.

Após a confusão, a ameaça. O detento disse ao agente que iria ‘pegá-lo' na rua quando saísse. Há um mês, em 12 de junho, o mesmo reeducando foi autor de ameaça a outro agente. A vítima fazia revista pessoal no rapaz, que disse que se o agente o revistasse, ele daria uma porrada e o ameaçou de morte, dizendo que iria ‘pegá-lo' fora do estabelecimento penal e matá-lo.

Os casos foram registrados em boletins de ocorrência e seguem em apuração. “Ossos do ofício”, afirmou Stropa. Segundo o diretor da Agepen, o caso de agressão ao agente penitenciário será analisado e já é acompanhado pela agência. Stropa elogiou a atuação dos agentes, que conseguiram conter o preso, mas afirmou que as ameaças, agressões fazem parte do dia a dia daqueles que escolhem tal profissão.

Outros casos

Em janeiro deste ano, um agente penitenciário de Corumbá foi empurrado e chutado pelo preso, que teria tentado fugir. O vídeo da agressão circulou pelo WhatsApp e foi divulgado também pelo Midiamax. O preso também foi transferido para outro estabelecimento penal na época.

Já em abril, no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, agentes penitenciários foram intoxicados por detentos, que colocaram ‘chumbinho', raticida, no café. O ato teria sido uma represália a um ‘pente-fino' realizado no presídio dias antes. Na época, foi denunciado que os agentes estariam sendo ameaçados de morte com bilhetes deixados nas portas dos carros.