Sabe o motivo para cometerem o crime à luz do luar?

Policiais do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e da Delegacia de Polícia da cidade de , localizada a 97 quilômetros de Campo Grande prenderam oito pessoas acusadas de roubo de gado na área rural do município. O grupo aproveitava a iluminação natural da lua cheia para agir.

De acordo com informações policiais, a polícia já vinha investigando a incidência de furtos de gado (abigeato) e de maquinário agrícola na região. Após tomar conhecimento que os integrantes da , na sua maioria, já haviam sido presos ou investigados por crime dessa natureza, a polícia passou a monitorá-los.

O grupo agia sempre de forma organizada, sendo que cada um deles tinha sua tarefa especifica na ação desenvolvida, havendo o responsável pelo levantamento das propriedades cuja vigilância era vulnerável, responsáveis pelo manejo do gado dentro da propriedade, pelo transporte e ainda os chefes que controlavam toda a ação do grupo.

A polícia também tomou ciência da preferência deles em agir durante o período de lua cheia, pois isso facilita o manejo do gado durante a madrugada.

Diante destas informações a polícia passou a monitorar postos de gasolina da região e em uma determinada noite recebeu a informação de que três caminhões haviam abastecidos no Posto de Gasolina Cervantes no município de Água Clara e seguiram para Ribas do Rio Pardo. Um barreira foi montada e em um ponto da MS-357 o grupo foi preso quando transportavam um total de 90 cabeças de gado que haviam furtado da Fazenda Santa Rita .

Ainda segundo a polícia, o grupo era liderado por Franter Lemos Maia, de 40 anos, que contava com o apoio operacional de Dilson Aparecida Almada, de 39 anos, sendo que o primeiro já havia sido investigado por esse mesmo tipo de crime e o segundo já havia sido preso em flagrante pela prática.

Jairo Cesar Lacerda, de 54 anos, ficou encarregado de efetuar o levantamento das propriedades com pouca vigilância e que poderiam ser alvo fácil para a ação do bando. Emerson De Souza Silva, de 38 anos, e Sergio Lima Dantas, de 40, desempenhavam funções de manejo do gado. Já os irmãos Cícero Jose Faria, de 44, Marco Antônio De Faria, de 33, e Julio Cesar De Abreu Dos Santos, de 29 anos, atuavam como transportadores do rebanho subtraído já que são proprietários de caminhões boiadeiros e para isso receberiam R$ 5 mil e mais o combustível.

A polícia ainda investiga a participação de outras pessoas no crime, já que para viabilizar o transporte foram emitidos guias de transporte animal ideologicamente falsos. Serão investigadas as ações de contabilistas, emissores e destinatários. A movimentação aconteceu em Água Clara e o rebanho subtraído, ao que tudo indica, teria como destino o Estado de São Paulo, mais precisamente a cidade de Araçatuba.

Foram apreendidos três caminhões Mercedes Benz além de uma motocicleta e uma caminhonete VW Amarok, que já foi apreendida em outras duas ações criminosas de de gado, onde sempre era usada para o serviço de “batedor”. A quadrilha responderá por organização criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica e uso de documento ideologicamente falso.