Morte de major da PM já rende 120 páginas e terá reconstituição
Caso aconteceu há duas semanas
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Caso aconteceu há duas semanas
Após precisar viajar por questões familiares, o delegado Cláudio Zotto, da 7ª Delegacia de Polícia Civil, retomou as investigações da morte do major Valdeni Lopes Nogueira, de 47 anos. O crime ocorreu no dia 12 de julho e a esposa, tenente-coronel Itamara Romeiro Nogueira, de 40 anos, é apontada como autora dos tiros que atingiram o policial.
Segundo o delegado Zotto, o inquérito policial já tem 120 páginas. Ele contou ao Jornal Midiamax que na próxima semana fará um agendamento com a Perícia Técnica, para que seja feita a reconstituição do crime, eliminando dúvidas sobre como ocorreram os fatos. Duas semanas após a morte de Valdeni, os questionamentos sobre o que motivou a tenente-coronel a atirar no marido ainda não foram respondidos.
Ainda conforme o delegado, os laudos que constatam quantos tiros atingiram o policial e o local exato onde o projétil perfurou o major ainda não foram concluídos. Até o momento a polícia trabalha com a informação de que Itamara atirou duas vezes. “Um policial é condicionado a fazer dois disparos e vizinhos afirmam que ouviram os dois tiros”, afirmou Zotto.
Em depoimento, a tenente-coronel disse não lembrar quantos tiros fez contra o marido. Ela alegou legítima defesa e disse que após uma briga, Valdeni foi em direção ao carro buscar uma arma de fogo, quando ela correu até o quarto, pegou o revólver e atirou contra ele. Ela chegou a ser presa em flagrante, mas por força de um habeas corpus aguarda o fim do processo em liberade.
Relembre o caso
No dia 12 de julho o casal de militares estava em casa, se organizando para uma viagem que fariam ao Nordeste com a filha de 13 anos, quando começaram a discutir. Eles tentavam reconciliar, já que o casamento não ia bem, e Valdeni teria desistido. Os dois estavam sozinhos na casa, que fica na Avenida Brasil, Bairro Santo Antônio, e a criança estava com a avó.
Durante a discussão, a tenente atirou contra o major, que foi socorrido e acabou morrendo na sala de cirurgia da Santa Casa de Campo Grande. Itamara ainda ameaçou suicídio, mas foi contida pelo major Ajala, do 1ª Batalhão da Polícia Militar, que foi o primeiro a entrar na residência após o crime.
A tenente-coronel foi mantida sob escolta policial em uma clínica, porque estava bastante debilitada. Posteriormente chegou a ficar presa em um quartel da Polícia Militar, mas conseguiu liberdade provisória.
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