Menino ferido em rituais não corre mais risco de ficar cego e tem alta nesta terça

Garotinha de 4 anos foi torturado por parentes

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Garotinha de 4 anos foi torturado por parentes

O menino de 4 anos torturado pelos pais, avó e primo adotivos deve receber alta da Santa Casa, onde segue internado há 14 dias, nesta terça-feira (8). A criança teve que passar novamente por uma cirurgia na orelha esquerda para retirada de líquidos, mas passa bem.  A notícia boa é que não corre mais o risco de perder a visão.

Conforme a pediatra a Patrícia Otto, que cuidou da recuperação do menino, quando deu entrada na no hospital, ele apresentava nível de consciência baixo, queimaduras no rosto, infecções e a internação foi feita para tratamento clínico por meio de curativos e uso de antibiótico.

Também foi feita tomografia e radiografia e constatada a fratura no braço esquerdo, que calcificou sem tratamento médico e ficou torto. Além disso, o garoto deu entrada com inchaço no pênis.

A criança apresentava quadro de desnutrição e anemia, que já foi tratado. De acordo com o hospital, até a última sexta-feira (4) o garoto tinha apresentado aumento de peso de 2,3 quilos.

Ele também apresentava úlcera no olho esquerdo, mas a recuperação foi positiva e ele não corre mais o risco de perder a visão.

O caso

O inquérito civil que investigou a tortura ao menino foi entregue pelo delegado responsável pelo caso, Paulo Sérgio Lauretto, da DEPCA (Delegacia Especializada em Proteção da Criança e Adolescente, ao MPE (Ministério Público Estadual) na última sexta-feira (4). Ao todo, O documento tem 700 páginas e é distribuído em dois volumes.

Os pais adotivos da criança, que na verdade são seus tios avós, estão presos. O homem e o primo adotivo estão detidos no Instituto Penal da Capital, separados da massa carcerária por motivos de segurança.

Já a mãe adotiva está presa em uma delegacia de Polícia Civil em Corumbá, a 419 quilômetros de Campo Grande. A avó adotiva está detida em uma delegacia de Polícia Civil da Capital.

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