Governo oficializa pensão de R$ 19 mil a oficial que matou o marido

O caso aconteceu no dia 12 de julho 

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O caso aconteceu no dia 12 de julho 

A tenente-coronel Itamara Romero Nogueira receberá parte de uma pensão de R$ 19 mil pouco mais de dois meses da morte do ex-marido, o major da PM (Polícia Militar) Valdeni Lopes Nogueira. O homem foi morto pela oficial no dia 12 de julho, depois de desentendimento entre o casal.

O decreto foi assinado pelo governador do Estado Reinaldo Azambuja e publicada nesta segunda-feira (19) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul. Foi determinado que Itamara e a filha, de 13 anos, receberão a partir uma pensão equivalente ao salario que o major recebia quando morreu.

O valor bruto chega a R$ 19 mil, mas mãe e filha devem receber cerca de R$ 14 mil. No mês passado, a justiça determinou que a tenente-coronel, cuidaria da parte do dinheiro destinada à menina. “É natural que a mãe (Itamara) gerencie este dinheiro, já que ela tem a guarda da filha”, explicou o advogado José Roberto Rosa na época.

José Roberto ainda explicou que o Ministério Público irá supervisionar o procedimento pelo fato de a menina ser menor de idade. Normalmente, os valores que estavam parados até a determinação da pensão são pagos no primeiro mês de acerto, se isso acontecer, a tenente-coronel receberia mais de R$ 42 mil. Itamara responde ao processo em liberdade.

Reconstituição

A reconstituição do crime aconteceu na manhã do dia 18 de agosto, na residência onde o casal morava, na Avenida Brasil Central, no Bairro Santo Antônio, e teve cinco momentos com a ligação para o 190, a chegada da Policia Militar, do Corpo de Bombeiros, do sub-comandante do policiamento da área e a versão da tenente-coronel.

A reconstituição começou com a cena da discussão do casal, em seguida a da agressão física, que segundo a suspeita seria a causa do assassinato. A tenente-coronel teria caído no chão e, mesmo ali, recebido golpes do marido, que após agressões verbais, teria ido em direção a seu veículo para buscar uma pistola, momento em que a tenente-coronel teria feito dois disparos contra o major.

O Corpo de Bombeiros foi acionado e encaminhou o major para Santa Casa. Depois do crime, a policial permaneceu dentro da residência ameaçando cometer suicídio. Familiares de Itamara, a advogada e o comandante do 1º BPM (Batalhão da Polícia Militar), major Ajala, foram até o local e conseguiram negociar para que ela se entregasse.

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