Dono de casa noturna foi alvo da Lava Jato em Campo Grande
Pai e tio de empresário já são investigados por corrupção
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Pai e tio de empresário já são investigados por corrupção
O alvo alvos da 35ª fase da Operação Lava Jato, a Omertà, em Campo Grande, foi o empresário Thiago Nunes Cance, um dos proprietários da Move Club e da antiga Woods, ele foi levado coercitivamente por agentes da PF (Polícia Federal) para prestar depoimento.
De acordo com as investigações, Thiago, que é filho de Aurélio Cance, ex-diretor de Planejamento da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A), que atua no interior paulista, e que chegou a ser condenado por corrupção, formação de quadrilha e fraude em licitação, pode estar envolvido no pagamento de propina desviada de obras públicas.
“Desta forma, analisadas em conjunto as entregas de recursos destinadas a ROVÉRIO PAGOTTO JUNIOR e THIAGO NUNES CANCE e constatado que ambos os investigados possuem relação com a SANASA e que a ODEBRECHT, naquele ano, obteve contrato para execução de obra relativa à SANASA, é bastante provável que os recursos espúrios tenham relação com o contrato obtido pela ODEBRECHT”, diz trecho da denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal).
Os procuradores afirmaram que ainda precisam apurar melhor o ‘motivo’ e as ‘circunstâncias que envolveram a entrega dos recursos’, motivo pelo qual também pediu a quebra do sigilo ‘telemático’ de Thiago Cance.
Segundo a PF, há indícios nos autos de que a Construtora Odebrecht, ‘por intermédio do Setor de Operações Estruturadas, tenha realizado pagamentos de vantagens indevidas para funcionários da Sanasa em virtude de contratos da empresa com o órgão público, nas pessoas de Rovério Pagotto Júnior e Thiago Nunes Cance, não podendo ser afirmado, por ora, se tais indivíduos receberam recursos espúrios e em espécie em benefício próprio ou para terceiros’, diz trecho do relatório.
Thiago Cance é sobrinho de André Luis Cance, ex-secretário estadual de fazenda da gestão de André Puccinelli, e que chegou a ser preso durante as Operação Lama Asfáltica, também suspeito de desviar recursos públicos.
Omertà
A nova fase da Lava Jato, chama de Omertà, apura práticas dos crimes de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro. De acordo com a PF, Palocci teria atuado como intermediário do grupo político do qual faz parte perante o Grupo Odebrecht, um das maiores construtoras da América Latina.
“Há indícios de que o ex-ministro atuou de forma direta a propiciar vantagens econômicas ao grupo empresarial nas diversas áreas de contratação com o Poder Público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político beneficiados com vultosos valores ilícitos”, informou nota da PF.
Por determinação do juiz federal Sergio Moro, Palocci e outros acusados tiveram R$ 128 milhões em bens bloqueados pela Justiça, valor que indicado em planilha que supostamente registra os valores de propina que estavam sob a gestão do ex-ministro. A medida atinge contas e investimentos bancários dos investigados. Desse total, Palocci teria recebido R$ 6 milhões.
Ao expedir a ordem de prisão do ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, Moro afirmou que possuía provas de que Palocci teria coordenado repasses de propinas da Odebrecht para o PT.
Aproximadamente 180 Policiais Federais e Auditores Fiscais estão cumprindo as determinações judiciais em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Ao todo, as equipes policiais estão cumprindo 45 ordens judiciais, sendo 27 mandados de busca e apreensão, 3 mandados de prisão temporária e 15 mandados de condução coercitiva.
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