Estudante de direito jogou pedra nos policiais e acertou viatura

Um estudante de direito, de 36 anos, foi preso e outro detido na madrugada deste sábado em mais uma confusão em um bar localizado na Rua Trindade, Vila Progresso, região sul de . Viaturas do BPChoque (Batalhão de Polícia de Choque) foram acionadas depois que uma pedra foi jogada em uma viatura da polícia.

De acordo com informações do registro policial, por volta das 2 horas da manhã populares acionaram a Polícia Militar reclamando do barulho vindo do bar e que frequentadores do local estariam obstruindo a passagem de veículos na rua. Duas viaturas foram até o local, mas ao chegaram um grupo de pessoas iniciou um tumulto.

Contrário à presença do militares no local, ainda segundo o registro policial, o estudante Wagner Chaves de Sousa teria arremessado uma pedra em direção aos policiais que acabou atingindo o para-brisa da viatura. Depois disto o estudante teria tentado fugir, mas foi contido pelos policiais e acabou ferido na cabeça. Ele foi encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande com um corte na cabeça e depois receber atendimento foi levado para a delegacia.

Para conter o tumulto, que se agravou depois da prisão do estudante, o BPChoque foi acionado e de acordo com informações policiais, pedras e garrafas também foram arremessadas contra eles. Os policias então usaram bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os manifestantes e desobstruir a rua.

Outro estudante chegou a ser detido por desobediência, mas foi liberado. Cerca de 100 pessoas estavam no local segundo levantamento da polícia. Populares viram sangue no local hoje pela manhã, mas não sabem informar se tem ligação com o tumulto de ontem.

 

Reincidência

Moradores vizinhos do bar relataram à equipe do Jornal Midiamax que esta não é a primeira vez que precisam acionar a polícia para conter algazarras no bar, mas nos últimos dias elas têm sido cada vez mais frequentes.

O aposentado, José Gomes Sandim, de 76 anos, conta que toda semana sofre com barulho vindo do estabelecimento. “A barulheira é demais principalmente na quinta e sexta-feira. São muitos estudantes fazendo algazarra. Os cachorros ficam latindo com a gurizada”, conta o aposentado.

O também aposentado José Basílio, de 77 anos, destaca que as confusões têm sido cada vez mais frequentes e que nunca viu tanta bagunça como nos últimos dias. “O maior problema é a barulheira e a sujeira que o povo faz e a gente tem que limpar. Os estudantes jogam garrafas e copos na rua”, relata.

Com duas casas alugadas na região a aposentada Dalcisa Alves de Oliveira diz que seus inquilinos sempre reclamam do barulho no local no fim de semana e que fica feliz em ter se mudado. “Mudei há 12 anos e dou graças a Deus em ter mudado”, ressalta.