Empresa afirma que avião era de uso particular 

O avião bimotor que caiu na tarde desta segunda-feira (19) em , a 207 quilômetros de Campo Grande, pertence à proprietária da empresa que transportava a família de Angélica e Luciano Huck durante um acidente aéreo no dia 24 de maio de 2015. Na data, a aeronave com os apresentadores fez  pouso forçado em uma fazenda a 21 quilômetros da Capital.

No acidente desta segunda-feira, o avião modelo Embraer EMD-810 Seneca III, prefixo PT-VKY, era pilotada por Marcos David Xavier quando desapareceu, minutos depois de decolar de Miranda, com destino a Campo Grande. Os destroços foram encontrados durante a madrugada, mas o corpo do piloto só foi resgatado na manhã desta terça-feira (20) em virtude a dificuldade das equipes de resgate a chegarem ao local.

Na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o bimotor está registrado no nome de Neusa Maria Carvalho Barbosa, uma das proprietárias da empresa Mato Grosso do Sul Táxi Aéreo e da Hora-Hangar, Oficina e Recuperação de Aviões. No registro consta que a aeronave era habilidade para transportar até seis passageiros, e que foi adquirida em fevereiro de 2011.

Em contato com a empresa, o Jornal Midiamax foi informado que bimotor não era utilizado como táxi aéreo e o piloto trabalhava para a empresária no momento do acidente. Ainda assim, foi apurado pela equipe de reportagem que o avião também era aproveitado nos trabalhos da empresa, como transporte de malotes e passageiros, mesmo não sendo sua categoria de registro.

Em 2015, em seguida ao pouso forçado com a família dos apresentadores globais, a Mato Grosso do Sul Táxi Aéreo foi interditada pela Anac por falta de atualização dos Manuais de Operação (POH) das aeronaves. Mas volto ao funcionamento depois que a situação foi regularizada.

Angélica e Huck

O casal, os três filhos, duas babás e piloto e copiloto voltavam da Estância Caiman no Pantanal, quando Angélica gravava o programa Estrela, quando próximo a Capital a aeronave passou a presentar problemas em um dos motores e na bomba de combustível.

Osmar Fratini, piloto do avião modelo 821-C, fabricado pela Embraer, precisou fazer um pouso forçado para evitar a queda. Na data, ele contou ao Corpo de Bombeiros que procurou um local plano e ainda precisou desviar de um rebanho de gado antes de aterrissar em relativa segurança.

O piloto explicou na época que a pane no avião foi causada por corte de combustível. “O avião perdeu pressão que manda combustível para o motor, e o motor perdeu potência e o avião perdeu altura”. O casal foi socorrido por populares e levado para a Santa Casa de Campo Grande.

Os demais ocupantes também receberam socorro. Após serem socorridos eles foram levados para o Hospital Albert Eistein, em São Paulo.

Caso de Miranda

O avião de pequeno porte desapareceu nesta segunda-feira (19) depois de decolar do município de Miranda, distante 207 quilômetros de Campo Grande, com destino à Capital, porém, minutos após decolar, desapareceu do radar da torre de controle.

Depois de o avião perder contato com a torre de controle, equipe com sete militares se deslocou para a região do município de Miranda. Os agentes sobrevoavam a região em uma aeronave de busca e salvamento SC Amazonas. Dois militares utilizavam equipamento de visão noturna.

Na madrugada desta terça-feira (20), por volta da uma hora o bimotor foi localizado, mas por causa da pouca visibilidade não foi possível fazer o resgate. No início da manhã, uma equipe da FAB retornou ao local para o resgate de tripulantes do avião. Ainda não há informação das causas do acidente.