Agentes pretendem entrar em greve dia 2 de maio

Diferente do que foi divulgado em nota pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) na tarde desta quarta-feira (14) a situação no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande não é nada tranquila e há possibilidade da tensão aumentar já que os agentes penitenciários afirmam que mesmo depois dos ataques a greve anunciada dia 7 de abril, durante assembleia geral no Sinsap-MS (Sindicato dos Agentes Penitenciários de Mato Grosso do Sul), será mantida.

Segundo o presidente do Sinsap André Santiago, a rotina no presídio nesta quarta foi alterada para a segurança da unidade. “Como prevê a legislação, quando há uma situação de risco dentro presídio a rotina dos presos é alterada. Hoje eles só foram liberados para o banho de sol, não foram para a área de trabalho”, conta.

Santiago comentou ainda que nesta tarde se reuniu com a Agepen e para ele foi dito que a situação estava normalizada e que não haverá nenhum pronunciamento sobre o assunto. Porém, segundo apurado pelo Jornal Midiamax o clima é de tensão e possivelmente só será normalizado depois da visita da família. A informação é de que aparentemente a visita acontecerá normalmente neste fim de semana, mas será interrompida no início do próximo mês quando os agentes penitenciários provavelmente entrarão em greve.

Ao todo serão cerca de 1,4 mil agentes penitenciários devem entrar em greve a partir do dia 2 de maio em todo o Estado. Com a suspensão das visitas durante o período de greve é possível, segundo apurado, que o clima de tensão seja agravado e até mesmo que haja retalhações, já que os ataques ocorridos na madrugada desta quinta-feira podem ter ligação com o motim ocorrido durante a vistoria no presídio.

Os agentes penitenciários votaram pela greve no início do mês quando estava em pauta a apresentação do andamento da negociação salarial com o governo do Estado e da proposta de reposição salarial oferecida com o abono linear de R$ 200 para a categoria entre outras demandas referentes a valorização do servidor.

Segundo o presidente do Sinsap, os agentes pedem a valorização da categoria e melhores condições de trabalho.