Para a polícia, ele desconfiava de traições que não ocorreram

Elizeu José dos Santos, de 33 anos, preso na manhã de quinta-feira (20), por volta das 10 horas, teria cometido o crime de tentativa de homicídio contra o bombeiro militar Fabrício de Lima Teixeira por ciúmes. O crime ocorreu na tarde de segunda-feira (17), em Paranaíba, cidade a 407 quilômetros de Campo Grande.

Conforme informações da Polícia Civil, Elizeu foi preso por equipe do SIG (Setor de Investigação Geral da Polícia Civil). Ele se apresentou à polícia e foi mantido na delegacia, pois tinha mandado de prisão preventiva em desfavor dele. A arma usada no crime, um revólver calibre 38, também foi apreendido.

De acordo com o SIG, o crime foi premeditado e teria sido motivado pelo ciúme excessivo que o autor sente pela mulher dele. Elizeu já ameaçou outras pessoas, sempre alegando que elas teriam algum relacionamento com a mulher, porém, conforme apurado pela polícia, os relacionamentos extraconjugais nunca ocorreram.

Arrependimento

Ao se apresentar, Elizeu repetiu por várias vezes que não era perigoso. “Deus colocou no meu coração para eu vir e me entregar hoje. Me colocaram como bandido perigoso, não sou, sou comerciante, da cidade”, garantiu.

Para concluir o depoimento, ele disse que estava arrependido. “Arrependi muito, tenho comércio, muitas coisas para resolver em minha vida, nunca desrespeitei autoridade. Me colocaram como bandido só porque ‘atirou’ no policial. Espero que tudo possa dar certo, minha família é crente está me apoiando, sei que existe justiça e Deus e o que Ele pôr para mim pagar eu vou fazer”, concluiu.

O caso

O crime aconteceu por volta das 15h30, quando Fabrício fazia atendimento em uma das escolas municipais de Paranaíba. No momento em que ele colocava o socorrido na viatura, Elizeu, que conduzia uma Honda Biz, cor-de- rosa, atirou seis vezes contra o militar.

Os disparos foram feitos com um revólver calibre 38. Um dos tiros atingiu a porta da UR (Unidade de Resgate). Os outros cinco feriram o soldado nos dois braços, na região pélvica, na cervical e na bacia, local onde a bala teria ficado alojada.