Exames podem levar até 6 meses para ficarem prontos

Polícia Civil segue com duas linhas de investigação sobre o caso da ossada humana encontrada no porta-malas de um carro no dia 3 de dezembro, nas proximidades do Indubrasil, a oeste de Campo Grande. Indícios levam a crer que Bruno Franco de Godoi, de 26 anos, forjou a própria morte, mas afirmações ainda não podem ser feitas e o caso também é investigado como homicídio.

De acordo com o delegado Paulo Sá, da 7ª Delegacia de Polícia Civil da Capital, que está à frente das investigações, os exames da Perícia, para identificarem se a ossada é compatível a uma pessoa morta há aproximadamente uma semana antes do crime, podem levar até 90 dias para ficarem prontos. Contudo, com a experiência dos profissionais da Perícia que atenderam a ocorrência no local do crime, tudo indica que a ossada é antiga.

A partir do primeiro laudo, a Polícia Civil pode pedir o exame de DNA, para confirmar se o corpo é mesmo de Bruno, já que há indícios de que o rapaz possa ter forjado a própria morte.

Segundo o delegado Paulo Sá, várias ‘pistas’ demonstram que a vítima, na verdade, não teria morrido, como a sequência de boletins de ocorrência registrados por Bruno e os documentos, encontrados ao lado do carro.

“A pessoa que comete um crime como esses tentaria sumir com a identificação da vítima”, diz o delegado Paulo Sá. Contudo, a polícia afirma que trabalha com respeito à ossada encontrada, sem desconsiderar também a hipótese de homicídio.

Outro ponto identificado durante as investigações é que, apesar de ter registrado boletim de ocorrência por tentativa de homicídio no dia 22 de novembro, em que afirma que um suspeito atirou duas vezes contra ele, Bruno levou as cápsulas até a delegacia, ao invés de acionar a polícia para ir ao local. Além disso, ele já tinha passagem por posse irregular de arma de fogo.

O caso segue em investigação e deve ser concluído em 2016. Até o momento, a polícia não faz afirmações sobre o que ocorreu, pois aguarda os laudos que comprovem a morte de Bruno.