Fiscalização encontra cama de casal e eletrodomésticos em celas no Rio

Móveis estavam em Unidade Prisional do Rio de Janeiro

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Móveis estavam em Unidade Prisional do Rio de Janeiro

A fiscalização do sistema prisional do estado, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), encontrou cama de casal, micro-ondas, geladeiras, entre outras regalias, nas celas de policiais militares (PMs) presos, na Unidade Prisional da Polícia Militar,

Após visita feita nesta semana, a juíza responsável pela fiscalização, da Vara de Execuções Penais do TJRJ, Daniela Barbosa Assumpção de Souza, determinou um prazo de 72 horas para a retirada dos aparelhos eletrodomésticos apreendidos. Sete policiais militares foram encaminhados à Corregedoria da Polícia Militar para prestar esclarecimentos. Foi fixado ainda prazo de 30 dias para a realização de reformas nas instalações da unidade prisional, visando à regularização das condições das celas dos 215 presos, entre oficiais e praças.

“Várias celas tinham cama de casal, paredes decoradas com pintura em textura e cortinas com bloqueadores de luz, impedindo que os seguranças fiscalizassem a movimentação dos presos”, revelou a juíza.

Também foram apreendidos R$ 3 mil em espécie, fornos de micro-ondas, além de produtos piratas, aparelhos celulares, carregadores, churrasqueira, engradados de refrigerantes e carnes, que estavam sendo preparadas para um churrasco para os presos. Foram suspensas, temporariamente, as visitas de familiares aos detentos, até que sejam criadas condições para a visita fora das celas. Também estão proibidas as autorizações para as visitas íntimas.

“As celas não podem ter bloqueios impedindo sua visibilidade e muito menos podem ser transformadas em suítes. Será aberto inquérito para a instauração dos procedimentos administrativos, com o objetivo de apurar os responsáveispela permissão das regalias. Além da apreensão dos aparelhos encontrados, a unidade deverá ser reformada, em um prazo de 30 dias, para retornar às condições de normalidade”, determinou a juíza, ao adiantar que as operações de fiscalização prosseguirão nas demais 55 unidades prisionais do estado.