Rapaz negou ter jurado o pai de morte, após ele ter assassinado a mãe

O inquérito que investiga o assassinato de Charles Ariel Dias de Freitas, de 39 anos, já está praticamente concluído. Segundo o delegado responsável pelo caso, Jairo Carlos Mendes, da 5ª Delegacia de Polícia Civil, Danyllo Matsumoto Cruz de Freitas, de 18 anos, filho da vítima, alegou ter cometido o homicídio após uma discussão. O pai estaria ameaçando o filho por causa da venda de um veículo. Danyllo teria usado o dinheiro para comprar comida para a família, enquanto o pai cumpria pena por ter assassinado a mulher, mãe do suspeito.  

Charles Ariel assassinou a mulher, Daniela Aparecida Matsumoto Cruz De Freitas, em 2008. Ele cumpriu pena, e segundo Mendes, na época que estava preso, ficou sabendo que o filho teria vendido o veículo para comprar comida para a família. O pai teria passado a ameaçar o filho.

Danyllo teria comprado a arma para se proteger e de acordo com a autoridade policial, negou ter premeditado a  morte do pai. Charles Ariel agredia e ameaçava constantemente o filho e conforme o delegado, queria expulsar Danyllo e o irmão mais novo da casa onde eles moram.

No dia do crime, pai e filho discutiram mais uma vez, na casa localizada no Jardim Aero Rancho. Danyllo pegou a arma que estava escondida na parte de trás de casa e atirou no pai. Após o crime, ele foi preso por um policial militar que passava pelo local e achou a atitude dele estranha.

Ainda conforme o delegado, não foi confirmada a informação de que o filho teria jurado o pai de morte, após o assassinato da mãe. “Ele [o suspeito] tinha apenas 11 anos e isso não se confirmou. O pai matou a mãe com requinte de crueldade e agora, queria expulsá-los de casa”, diz Mendes.

A Polícia Civil também recuperou a arma utilizada no assassinato. O suspeito indicou um matagal onde jogou o revólver utilizado para matar o pai.

Segundo Mendes, o caso deve ser encaminhado ainda nesta semana para o Poder Judiciário, após a realização de algumas diligências. “Está esclarecido o crime, a motivação e a arma foi localizada”, finaliza o delegado.

Assassinato

Charles Ariel procurou a polícia dizendo que a mulher tinha desaparecido. Três dias depois, o corpo de mulher foi localizado em um terreno baldio.

A cabeça da vítima estava envolta em sacos plásticos, havendo um cordão amarrado no pescoço.

A Polícia Civil descobriu que havia um histórico de desentendimentos entre o casal, com registro de ocorrências policiais e o marido acabou confessando o assassinato.