Arma, telefone e objetos achados com suspeito; um dos receptadores é da Aeronáutica

Murilo Henrique Crisanto de Lima, o “Cirilo”, de 19 anos, foi preso pela equipe do BPChoque (Batalhão da Polícia de Choque) na noite de sexta-feira (10), por volta das 22h45, nos altos da Avenida Afonso Pena, em . Com uma ficha extensa por invasão em residências para furtar, desde quando era adolescente, o suspeito disse que dava preferência a imóveis que tinham equipamento de segurança, como câmeras e alarmes, por também terem, potencialmente, produtos de maior valor para serem furtados.

O suspeito foi abordado pelos militares ao ser reconhecido como o responsável por dois furtos ocorridos em casas de policiais nos dias 2 e 9 deste mês. Ele delatou que estava na companhia de um homem chamado Luiz Eduardo, que não foi capturado.

“Tenho sete receptadores, ligo para eles quando estou com a mercadoria na mão. Se eles não tiverem com o dinheiro, ligo para outro. Comigo, as mercadorias não esquentam”, disse Murilo para a equipe do Jornal Midiamax. Um dos ‘clientes', também preso, foi identificado como militar da Aeronáutica.

O suspeito afirmou que furtou um cofre com dólares, eletrônicos e armas de fogos das casas que invadiu, que seriam de servidores do Exército e da PM (Polícia Militar), por conta das fardas que diz ter visto nos locais.

No cofre havia pelo menos R$ 12 mil, valor convertido para a moeda nacional. A quantia foi rateada por Murilo e mais três comparsas.

Crimes

Murilo disse que vendeu eletrônicos da casa de um dos militares para o comparsa identificado como Jackson Claudio de Souza, de 26 anos, que é militar da Aeronáutica, conforme informações do suspeito. Ele teria adquirido os objetos pelo valor de R$ 1 mil.

De acordo com o tenente do Choque Edemair, o suspeito admitiu que preferia furtar casas com equipamentos de segurança. “Ele contou que fazia os delitos em horário comercial, sendo das 8 horas às 11 horas e das 14 horas às 16 horas, pois era quando os moradores não estavam em casa”, explica.

O suspeito apertava o interfone e, caso não fosse atendido, voltava com os comparsas e tocavam de novo, para garantir que não havia ninguém no imóvel. Em seguida, eles desativavam os equipamentos de segurança para que pudessem furtar a residência.

Parte dos objetos furtados foi recuperada e encaminhada para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) da Vila Piratininga, localizada na região sul de Campo Grande.