‘Agora é para valer’, diz grupo pró-impeachment após decisão de Cunha

Segundo o Vem Pra rua Brasil, ‘agora é para valer’

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Segundo o Vem Pra rua Brasil, ‘agora é para valer’

A decisão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de acolher o principal pedido de impeachment protocolado na Câmara por partidos da oposição contra a presidente Dilma Rousseff (PT), anunciada em entrevista coletiva na noite desta quarta-feira (2), teve grande repercussão nas redes sociais. Os movimentos pró-impeachment Vem para a rua Brasil, Revoltados On Line e Movimento Brasil livre elogiaram o anúncio e conclamaram seus seguidores a tomarem as ruas.

Segundo o Vem Pra rua Brasil, “agora é para valer”. Eles classificaram o dia 2 de dezembro como uma “data histórica” e afirmaram em um vídeo divulgado pelo Facebook que o Congresso, enfim, “ouviu a voz das ruas”.

Já o movimento Revoltados On Line, responsável pelo boneco Pixuleko, que satiriza o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamou o governo de “tumor” e pediu ajuda financeira aos seus seguidores para “continuar com essa guerra entre o bem e o mal”. “Nossos filhos e netos nos agradecerão e muito se deixarmos a omissão e partimos para a ação”, afirmou o grupo em uma mensagem publicada logo após coletiva de Cunha. O site também publicou uma série de memes satirizando a situação do governo.

O Movimento Brasil Livre, por sua vez, publicou um vídeo em que ressalta a necessidade de “voltar às ruas”. “Muito em breve nós vamos precisar voltar as ruas, cobrar os deputados que ainda estão em dúvida”, afirma o grupo.

 Em Porto Alegre, foi criada uma comunidade para comemorar a decisão do presidente da Câmara. Já há mais de 400 confirmações. Os organizadores estão conclamando as pessoas a se reunirem na passarela da avenida Goethe, no bairro Moinhos de Vento. Na cidade de São Paulo, grupos pró-impeachment planejam se reunir no vão do Masp, na Avenida Paulista.

Os deputados da oposição entregaram no dia 21 de outubro à presidência da Câmara um novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, um dos pioneiros do PT, Miguel Reale Júnior, ex-ministro da Justiça do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e Janaína Conceição Paschoal, advogada. Segundo Cunha, a decisão de acatar o pedido foi de natureza “técnica” e não “política”.

Com a aceitação do pedido, uma comissão de deputados será criada para emitir um parecer sobre a abertura efetiva ou não do processo de impedimento da presidente. A decisão de afastar a presidente do cargo só é tomada após o trabalho dessa comissão e precisa ter o apoio de 342 deputados.

Esse parecer terá ainda de ser votado em plenário e, em caso de decisão de abrir processo de impeachment, ele irá ao Senado e Dilma será afastada do cargo até o julgamento.